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Atletismo do Brasil celebra aniversário de medalhas olímpicas de Adhemar Ferreira e João do Pulo


Três medalhas olímpicas do atletismo brasileiro fazem aniversário neste final de julho – as três conquistadas no salto triplo por duas lendas da especialidade: Adhemar Ferreira da Silva e João Carlos de Oliveira, o João do Pulo. Essas conquistas, aliadas a duas medalhas de Nelson Prudêncio (prata no México-1968 e bronze em Munique -1972) serviram para formar a dinastia do salto triplo brasileiro.

Adhemar ganhou o seu primeiro ouro no dia 23 de julho de 1952, em Helsinque, na Finlândia, e João conquistou dois bronzes nos dias 30 de julho de 1976, em Montreal, no Canadá, e no dia 24 de julho de 1980, em Moscou, na então União Soviética.

A primeira medalha olímpica de ouro do atletismo brasileiro comemora 68 anos nesta quinta-feira. Adhemar saltou nada menos do que quatro vezes acima de seu próprio recorde mundial, de 16,01 m na capital finlandesa: 16,12 m, 16,09 m, 16,22 m e 16,05 m. A marca de 16,22 m passou a ser também recorde olímpico.

Após garantir a inédita medalha para o Brasil, o atleta paulistano ainda inovou ao dar a primeira volta olímpica ao correr toda a extensão da pista do Estádio Olímpico de Helsinque sob aplausos entusiasmados dos torcedores.

Adhemar, que conquistaria o ouro também nos Jogos de Melbourne-1956, havia igualado o recorde mundial do japonês Naoto Tajima, com 16,00 m, em 1950, em São Paulo. No ano seguinte, no Rio de Janeiro, saltou 16,01 m, marca superada depois em Helsinque.

Adhemar Ferreira da Silva morreu no Hospital Santa Isabel, em São Paulo, a 12 de janeiro de 2001, aos 73 anos. Antes, recebeu a Ordem do Mérito Olímpico, do COI, e inúmeros títulos honoríficos em países como Finlândia, Japão e Austrália. Em 2012, entrou para o Hall da Fama da IAAF. Este ano, passa a integrar o Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil (COB).

João do Pulo
Dono de inúmeras conquistas, o paulista João Carlos de Oliveira ganhou medalhas de bronze em Montreal-1976, que completa 44 anos, e em Moscou-1980, há 40 anos. No Canadá, teve a alegria de ser o porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura. Um ano antes, ele havia quebrado o recorde mundial do triplo, com 17,89 m, durante os Jogos Pan-Americanos da Cidade do México.

O bronze no Canadá foi conquistado com a marca de 16,90 m, um dia depois de ter sido quarto colocado no salto em distância, com 8,00 m.

Já a medalha de Moscou é a mais lembrada por uma polêmica. Afinal, três saltos de João do Pulo foram invalidados, um dos quais de mais dos 18,00 m, que lhe dariam o recorde mundial e a medalha de ouro. O título acabou com o soviético Jaak Udmae, da Letônia, com 17,35 m. Outro soviético, considerado um dos melhores triplistas do século XX, Viktor Saneyev, da Geórgia, ficou com a prata, com 17,24 m – dois centímetros a mais do que o registrado oficialmente pelo paulista de Pindamonhangaba. Até hoje especialistas discutem se os árbitros da competição agiram para ajudar os atletas da casa.

João do Pulo conquistou vários títulos importantes. Destaque para o tricampeonato da antiga Copa do Mundo de Atletismo, conseguido em 1977, 1979 e 1981 e realizadas, pela ordem, em Düsseldorf, Montreal e Roma.

Em 1981, ele sofreu um grave acidente de carro que levou, no ano seguinte, à amputação de sua perna direita e ao fim, precoce, de uma das mais brilhantes carreiras do triplo mundial. Ele morreu a 29 de maio de 1999, em São Paulo, um dia após completar 45 anos.

Foto: Divulgação

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