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Vencedor do Giro d'Itália abre debate sobre reprogramação do calendário do ciclismo


Campeão do Giro d'Itália de 2017, o holandês Tom Dumoulin provocou um debate na comunidade do ciclismo, após sugerir que a pandemia de coronavírus poderia ser usada como oportunidade para reagendar de forma permanente o calendário do ciclismo. 

Dumoulin indicou a possibilidade de estender a temporada do ciclismo até novembro, para acomodar eventos remarcados e em seguida manter o novo período de competição para as temporadas futuras. 

"Em meados de novembro, o clima na Bélgica e na Holanda geralmente são ótimos, enquanto em meados de fevereiro, quando volta a temporada, ainda temos neve. Se agora tivermos que estender a atual temporada por um mês, podemos também começar um mês mais tarde no futuro. Isso seria fantástico", afirmou Dumoulin.

Os eventos de ciclismo foram adiados ou cancelados por causa da pandemia de coronavírus, pelo menos até o mês de agosto, representando 30% do calendário internacional da União Internacional de Ciclismo (UCI). 

Torneios de mountain bike e de estrada foram os mais impactados, enquanto um total de 18 corridas World Tour da UCI Men's, foram canceladas ou adiadas. 

Após o pronunciamento de Dumoulin, colegas ciclistas discordaram do posicionamento. Um deles foi o belga, Jan Bakelants. 

"Geralmente está chuvoso na Bélgica no final de fevereiro e no início de março, mas pode estar muito seco no final de março e início de abril, o que é um clima muito melhor para as corridas. Mas, se você adiar etapas em um mês, poderá chover com mesma facilidade em outubro", disse Bakelants. 

O ex-ciclista Dirk Demol também discordou de mudanças permanentes no calendário. "Não sou a favor de aumentar a temporada em um mês", disse o campeão da prova Paris-Roubaix de 1988. 

"Não devemos apenas correr com bom tempo, pois ainda existem pilotos que gostam de chuva, vento e frio", completou Demol. 

Foi especulado que o Tour de France deste ano poderia ser realizado sem a presença de público, algo que foi momentaneamente descartado pelo diretor do evento, Chris Prudhomme, no início de abril. 

Foto: Lionel Bonaventure/AFP

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