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Senador pede que China reforce direitos humanos ou perderá sede das Olimpíadas de Inverno 2022



O senador americano, Rick Scott, repetiu apelo à China para que o país reforce os direitos humanos, após diversos abusos serem relatados durante o conflito com os Uigures, na região autônoma de Xinjiang, ou terão que enfrentar processo que pode fazê-los perder o direito de sediar os Jogos Olímpicos de Inverno, em Pequim, 2022. 

Em outubro de 2019, Scott enviou uma carta ao Comitê Olímpico Internacional (COI) detalhando tais abusos dos direito humanos envolvendo até mesmo moradores de Hong Kong. O presidente do COI, Thomas Bach, respondeu dizendo que o COI deve permanecer "politicamente neutro". 

Scott apresentou uma resolução bipartidária ao Senado dos Estados Unidos no mês passado, pedindo ao COI que "realoque os Jogos Olímpicos de Inverno de 2022 para um país que reconhece e respeita os direitos humanos", se a China não demonstrar "progresso significativo na garantia dos direitos humanos fundamentais", até janeiro de 2021. 

A China vive há muitos anos um conflito com os Uigures, uma etnia majoritariamente muçulmana do noroeste chinês, região que faz fronteira com o Cazaquistão, Quirguistão, Paquistão e Afeganistão. A língua falada pelos Uigures é próximo a língua turca e sua cultura está mais ligada à Ásia Central, do que ao resto da China. Inclusive, os Uigures tentaram buscar sua independência no inicio do século 20, mas passaram a ser controlados pela ditadura comunista da China.

Foto: Divulgação
Em fevereiro deste ano, o governo chinês mandou prender diversos uigures devido conflitos religiosos, como práticas ilegais de orações, usar véu no rosto, ter barba longa, executar peregrinação não autorizada e espalhar a radicalização. 

Rick Scott tem ficado conhecido por ter postura dura com a China. Este não foi o primeiro conflito protagonizado pelo senador. Nas últimas semanas ele criticou o trabalho da Organização Mundial de Saúde (OMS), acusando-a de ajudar a China a subestimar a gravidade do surto de coronavírus dentro do país. Vale lembrar que recentemente os Estados Unidos ultrapassaram o país asiático em número de casos da doença. 

Scott acrescentou ainda que "O COI tem a obrigação de criar um ambiente em que os atletas se sintam seguros para competir e todos nós temos a obrigação de usar todas as formas para avisar que o país anfitrião não está criando esse ambiente para seu próprio povo", afirmou. 

As Olimpíadas de Inverno de Pequim 2022 acontecerão de 4 a 20 de fevereiro, com alguns eventos ocorrendo em Zhagjiakou. Em 2008, quando a capital chinesa foi sede dos Jogos de Verão, o revezamento da tocha encontrou protestos por violações por direitos humanos. 

Foto: Divulgação

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