A gestão do legado olímpico nos complexos da Barra e de Deodoro foram o
tema principal da agenda do secretário especial do Esporte, Marco
Aurélio Vieira, na segunda-feira (28), no Rio de Janeiro. Na parte
da manhã, ele se reuniu com os militares responsáveis pela
administração da infraestrutura esportiva de Deodoro. Também teve um
encontro com o secretário de Esporte, Lazer e Juventude do Estado do Rio
de Janeiro, Felipe Bornier. À tarde, visitou o Parque Olímpico da Barra
e conversou com o presidente da Autoridade de Governança do Legado
Olímpico (AGLO), Paulo Márcio.
“Nas três situações, tivemos a ideia de como se encontra o legado
olímpico. Há possibilidade de melhoria, mas o empenho e a dedicação por
parte dos órgãos foram exercidos”, afirmou Marco Aurélio Vieira. “Também
é verdade que se faz necessária uma reestruturação, tendo em vista as
mudanças que aconteceram nos governos federal, estadual e municipal
desde os Jogos Olímpicos. Todas essas estruturas precisam conversar para
que haja uma coordenação. A excelência na gestão vem dessa
coordenação”, definiu o secretário especial do Esporte.
No Palácio Duque de Caxias, no Centro do Rio, o chefe da Assessoria dos
Jogos Olímpicos (AJO) do Exército, José Daniel de Andrade Braga, e o
chefe do Centro de Capacitação Física do Exército (CCFEx), general André
Luiz Allão, fizeram uma exposição de como se encontram as áreas de
competição e de treinamento do Parque Olímpico de Deodoro. Legado do Pan
de 2007 e dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, Deodoro recebe
modalidades como tiro, hipismo, pentatlo moderno e judô.
O secretário recebeu dos coordenadores militares a informação de que o
estande de tiro sediará em agosto a Copa do Mundo, seletiva para os
Jogos de Tóquio 2020, com atiradores de 80 países. “Ainda precisamos
fazer ajustes do modo Jogos para o modo legado. O estande será
inspecionado pela Federação Internacional em abril”, revelou o general
Braga.
No Parque Olímpico da Barra, Marco Aurélio Vieira conferiu as condições
de cada uma das estruturas administradas pelo governo federal: as
Arenas Cariocas 1 e 2, o Velódromo e o Centro Olímpico de Tênis.
Conheceu também a quadra de areia erguida pela AGLO graças às
contrapartidas exigidas aos organizadores de competições. No último fim
de semana, foi disputado no local o desafio internacional de beach
soccer entre Brasil e Japão, que contou com a presença de Ronaldinho
Gaúcho e marcou a aposentadoria de Jorginho, craque da seleção
brasileira.
“Temos como meta ampliar e dar escala aos programas sociais no Parque
Olímpico. Estive na semana passada na CBF (Confederação Brasileira de
Futebol) e no COB (Comitê Olímpico do Brasil) e vi a possibilidade de
parcerias que, se bem executadas, contemplarão da base ao alto
rendimento”, disse o secretário. Programas da Secretaria Nacional de
Esporte, Lazer e Inclusão Social (Snelis), como o Esporte e Cidadania, e
aulas de projetos sociais como o Instituto Reação, do judoca Flávio
Canto, são realizados atualmente na Arena Carioca 2.
Ao ouvir do presidente da AGLO, Paulo Márcio, a ideia de criar o Museu
Olímpico e um espaço cultural dentro do Parque da Barra, Marco Aurélio
Vieira completou: “O esporte é transversal. Inclui cultura,
desenvolvimento social e educação. O ministro Osmar Terra tem entre suas
prioridades o projeto de uma Casa da Cidadania. E o Parque Olímpico da
Barra pode entrar nesse projeto”.
Foto: Secretaria do Esporte
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