Por Bruno Guedes
Tênis
No
topo do mundo aos 21 anos. Foi assim que o alemão Alexander Zverev
terminou seu domingo ao ser campeão do simples masculino no ATP Finals,
após vencer o atual número um do mundo Novak Djokovic.
Enquanto
os especialistas do mundo do tênis discutem sobre a renovação do
esporte e quem vai assumir o legado atual, o jovem deu o seu cartão de
visitas. Último torneio do ano e chamado de "tira-teima", Zverev
conseguiu não só derrotar o líder do ranking, como superou Roger Federer
na semifinal, por 7-5 e 7-6.
Atual
número cinco do mundo, o alemão é tratado como um fenômeno pelos
amantes da bolinha amarela. Mesmo sem vencer nenhum grand slam no ano,
Alexander conquistou os ATP 250 de Munique, ATP Masters 1000 de Madri e
ATP 500 de Washington. Além disso, foi vice-campeão dos ATP Masters 1000
de Miami e ATP Masters 1000 de Roma. Nesta última final acabou
derrotado por Rafael Nadal.
A
vitória sobre Djoko não é novidade, ele o superou no Masters 1000 de
Roma em 2017, mas causa um alvoroço maior agora. Isto porque,
teoricamente, o ATP Finals é o torneio onde os mais fortes tenistas
chegam sem precisar disputar tantas chaves e partidas. Ainda que
desgastados fisicamente por causa da temporada, é uma espécie de "arena
dos leões".
Quem não conhecia Alexander Zverev, agora já o conhece. E deve mesmo prestar atenção, porque é o futuro já no presente.
Beisebol
Anfitrião
da próxima Olimpíadas, um selecionado do Japão venceu a série contra um
time da MLB, a liga profissional dos Estados Unidos, na última semana.
Chamada de Japan All-Star Series e disputada em Nagoya, a equipe Samurai
Japan bateu a MLB All-Stars por 5 jogos a 1.
As
duas equipes foram formadas por jogadores que disputaram as últimas
temporadas em suas respectivas ligas, porém sem os grandes nomes em
ambos os lados. Mesmo assim, jogadores titulares em equipes de ponta
fizeram parte das partidas.
Apesar
de ser uma sequência de amistosos, principalmente visando aumentar as
relações esportivas dos países, o resultado é uma importante vitrine
sobre como estas potências do beisebol chegarão em Tóquio 2020. Isto
porque, com a temporada a pleno vapor na MLB, os americanos devem enviar
jovens das Ligas Menores, chamadas de MiLB, porém os japoneses prometem
mesclar alguns dos seus nomes importantes.
Além
de Japão e Estados Unidos, Cuba, Venezuela e República Dominicana são
outros países considerados favoritos ao ouro olímpico.
Hóquei na Grama
Mesmo
com as seleções poupando jogadoras importantes, a Champions Trophy,
última disputa entre países no ano, sacramentou o que se desenhava desde
o fim das Olimpíadas do Rio. Questionava-se, desde o ouro da Grã
Bretanha sobre a favoritíssima Holanda, até onde aquela disputa foi uma
zebra ou mudança de rumos. As holandesas responderam: foi um jogo
atípico.
Atual
campeã mundial e vice olímpica, a Holanda domina por completo esse
ciclo para Tóquio 2020 e novamente repete as performances na China, onde
acontece o torneio. Apesar de usar um time muito jovem e sem suas
grandes estrelas, como Welten que se recupera de lesão e outras
poupadas, a Oranje sobra frente às adversárias.
No
último domingo impôs uma goleada por 3 a 0 sobre Las Leonas e aumentou a
crise na Argentina. O que durante os anos 2000 e parte de 2010 se
tornou a maior rivalidade do esporte, agora parece estar bem
desequilibrado. Desde que a lendária Luciana Aymar se aposentou, em
2015, as argentinas nunca mais disputaram um torneio em alto nível e
venceram as holandesas.
Apesar
de contar com a melhor jogadora do mundo, Delfina Merino, e o time
completo, a Argentina esbarra em um conjunto que não consegue ter força
ofensiva e sofre muito em sua defesa. E isso vem afetando até mesmo o
desempenho de jovens talentos, como a promissora Granatto.
Já
as britânicas, atuais campeãs olímpicas, seguem oscilando. Desde o ouro
no Rio não repetiu seus desempenhos seguros e fatais nos momentos
decisivos. Foi derrotada pela Austrália e empatou com a fraca seleção da
China. Isso tudo após perderem em casa o Mundial, em julho.
Por
falar nas australianas, a antiga potência do hóquei está em franca
ascensão. Após bons duelos na Copa do Mundo, onde foi a quarta colocada,
a Hockeyroos, como são conhecidas, estão apresentando ótimos jogos e se
colocando como postulantes a uma medalha em Tóquio.
Esta
é a 23ª e última edição do Champions Trophy. Em 2019 a Liga
Profissional vai dar lugar ao tradicional torneio de fim de ano. Mas
parece que só isso vai mudar para os próximos anos, porque em campo as
holandesas seguem dominando.
Foto: Getty Images
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