Mais um crise diplomática entre Grã Bretanha e Rússia está a caminho. O Governo do Reino Unido acusou publicamente o serviço de inteligência militar da Rússia (GRU) por uma série de ataques hackers, incluindo no esporte. Segundo o Centro de Cyber Segurança britânico (NCSC), os militares russos são responsáveis pelo grupo Fancy Bears, que desde 2016 hackearam o site da Organização Mundial Antidoping (Wada) e vazaram uma série de documentos confidenciais.
Na tentativa de desviar o foco das investigações sobre o escândalo de doping que até hoje coloca a Rússia em ostracismo em diversas modalidades, os hackers divulgaram relatórios médicos de atletas que têm permissão para usar determinadas substâncias proibidas como uso terapêutico.
Medalhistas olímpicos foram acusados pelo Fancy Bears de se valer do uso terapêutico como uma forma de "legalizar" o doping, entre eles os americanos Michael Phelps (natação) e Simone Biles (ginástica), além dos britânicos Mo Farah (atletismo), Chris Froome e Bradley Wiggins (ciclismo). No Brasil, o vice-campeão olímpico do solo Diego Hypolito teve seus registros médicos vazados.
"Hoje, o Reino Unido e seus aliados podem expor uma campanha do GRU, o serviço de inteligência militar russo, de ataques cibernéticos indiscriminados e imprudentes visando instituições políticas, empresas, mídia e esportes" afirmou uma nota oficial da NCSC.
Porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova afirmou que a acusação não passa de uma "rica fantasia dos colegas britânicos".
Em setembro, a Agência Antidoping da Rússia (Rusada) teve sua credencial reinstalada pela Wada. Foi um passo importante para o fim da suspensão do país junto ao Comitê Olímpico Internacional, ao Comitê Paralímpico Internacional e à Federação Internacional de Atletismo.
com informações de globoesporte.com
foto: divulgação
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