Um dos maiores nomes do remo da Nova Zelândia está buscando
novos ares e desafios para sua carreira. Hamish Bond, que detém duas medalhas
de ouro em Olimpíadas e outras oito em campeonatos mundiais, representará o seu
país no Campeonato Mundial de ciclismo de estrada no próximo mês, na Noruega.
Desde quando ganhou sua segunda medalha olímpica de ouro no
Rio de Janeiro, no ano passado, o remador vem se dedicando ao ciclismo. No mundial,
Bond fará parte da equipe de contra-relógio da Nova Zelândia. No total serão 13 ciclistas compondo a equipe, liderados por
George Bennet, que neste final de semana começa a disputar mais uma Volta da
Espanha, e que competirá no contra-relógio individual.
Bond se juntará à forte equipe neozelandesa após ficar em
segundo lugar no contra-relógio do campeonato local, perdendo apenas pra Jack
Bauer. Bond ainda treinou por um tempo com um grupo específico de ciclistas do
contra-relógio na Grã-Bretanha. Ainda estarão na equipe nomes em ascensão como
Patrick Bevin e Dion Smith, que estrearam na Volta da França deste ano. Bevin,
de 26 anos, foi campeão nacional do contra-relógio em 2016 e vem tendo um bom
ano na temporada internacional. Já Smith, de 24 anos, foi o terceiro no
campeonato nacional de estrada desse ano e ficou entre os 20 melhores jovens na
classificação do Tour de France desse ano, quando fez sua estreia. A equipe
conta ainda Jack Bauer, medalhista dos Jogos da Comunidade Britânica
(Commonwealth Games) de 2014, que além de vencer o nacional teve um ótimo
desempenho no tour de France.
Andrew Matheson, presidente executivo da confederação de
ciclismo da Nova Zelândia, destacou a força da equipe para o mundial e a
dificuldade que foi para poder montar a mesma. “É uma equipe muito poderosa e houve
muita concorrência, especialmente para a corrida de estrada masculina, onde nós
só tínhamos três vagas disponíveis. Existem vários pilotos que estão competindo
na Vollta da Espanha, mas precisamos selecionar a equipe agora, e simplesmente
não podemos prever como se sairiam depois de três semanas de corridas muito
difíceis” assegurou.
Matheson ainda teceu elogios ao mais novo ciclista da
seleção, Hamish Bond. Ele explicou que ficou impressionado com a performance do
remador. “George Bennett nos avisou que ele (Bond) estava interessado em
competir no contra-relógio por causa da natureza única desta prova e que
poderia se adaptar a ela. Ficamos tão impressionados com as performances e a
atitude de Hamish em sua mudança para o ciclismo. É muito claro para nós porque
ele conseguiu tanto, ele não deixou nenhuma pedra em sua preparação, que
incluiu muito trabalho no percurso" garantiu o vice-presidente.
Na Noruega o percurso do mundial terá uma grande escalada promovida pela natureza. Normalmente as provas tem cerca de 50 km de seu percurso feito no plano, mas no país nórdico essa distância cairá para 31 km tendo um final com uma escalada de 3,4 km com uma inclinação de cerca de 9%.
Entre as mulheres, a equipe é liderada pela campeã mundial de
2015 no contra relógio, Linda Villumsen e por Jaime Nielsen, que participou das
Olimpíadas do Rio de Janeiro e recentemente bateu o recorde mundial na prova de
contra relógio de uma hora a nível do mar. Villumsen participará tanto do
contra-relógio quanto a prova de estrada. Já Nielsen competirá no
contra-relógio, que não contará com a grande subida que terá na prova masculina.
Ainda estarão na equipe feminina nomes de jovens promissoras como Georgia
Williams e Regan Gough.
Foto: Icon Sport
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