A ponta direita Alexandra Nascimento já conquistou vários
reconhecimentos no handebol. Além do título de campeã mundial em 2013
com a Seleção Brasileira, foi eleita a melhor atleta do Mundo em 2012.
Os títulos são apenas parte de uma história marcante no esporte, que a
qualificou para mais uma recompensa na carreira. A brasileira foi
convidada pela Federação Internacional de Handebol (IHF) para fazer
parte do grupo de trabalho de handebol feminino da entidade, como única
representante das Américas.
A formação do grupo de trabalho foi aprovado por unanimidade na
reunião do conselho da IHF, em meados de 2016, e o grande objetivo é que
ele trabalhe para ajudar o desenvolvimento do handebol feminino
mundialmente. O convite para fazer parte dele foi recebido como uma
honraria pela atleta. "Foi uma surpresa muito grande ter sido convidada a
fazer parte desse grupo de trabalho. Ainda não sei bem como as coisas
irão funcionar. Estou à espera de um novo e-mail. Sei que iremos nos
juntar para sabermos mais sobre este novo projeto, mas já estou muito
entusiasmada e agradecida pelo convite", frisou Alexandra.
A ponta direita sofreu, recentemente, uma lesão no joelho quando
jogava por seu clube, o húngaro Váci Noi Kézilabda Sportegyesület, e
está em plena recuperação. "Sempre digo que sou extremamente agradecida
ao handebol por tudo que ele me proporcionou e, mesmo em um momento
difícil na minha carreira, por estar me recuperando de uma cirurgia de
LCA (Ligamento Cruzado Anterior), sou abençoada com um convite como
este. É muito gratificante e, com certeza, darei meu máximo para
representar bem meu continente, trabalhando com muita seriedade e
entrega."
Ela acredita que toda a experiência vivida nas quadras no Brasil e
na Europa, tendo passado por inúmeras competições internacionais das
mais importantes, como Mundiais e Jogos Olímpicos, pode ajudá-la na nova
empreitada. O grupo será comandado pela romena Narcisa Lecusanu. "Creio
que posso contribuir muito com o desenvolvimento do handebol feminino.
Tenho certeza de que vão surgir ideias maravilhosas para somar na
evolução da modalidade", ressaltou.
Enquanto segue os próximos passos para o início dos trabalhos em
prol do handebol feminino, Alexandra investe pesado na recuperação da
lesão. "Foi muito difícil quando rompi o LCA. Eu estava jogando muito
bem e o melhor é que estava realmente desfrutando dos jogos, mas quando
essas coisas acontecem, não há explicação. Sempre temos dois caminhos, o
negativo e o positivo. Claro que optei pelo positivo. Estou trabalhando
todos os dias. Já não preciso andar com as muletas e daqui a duas
semanas já poderei tirar a joelheira articulada", contou.
"Todos os dias vejo uma melhora e, claro, junto com a lesão vem
também um aprendizado. A primeira coisa que estou tendo que aprender na
marra é a ter paciência comigo mesma e não querer acelerar a
recuperação. A cada amanhecer um novo dia, um novo começo, uma nova
chance e a certeza que o esforço sempre vale a pena e que tudo é
possível. Eu amo o que faço", completou.
Foto: Divulgação
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