Do
futebol ao tênis de mesa, o esporte sempre esteve presente na vida de
Bruno Landgraf das Neves. Quando mais jovem, era goleiro das categorias
de base do São Paulo, chegando, inclusive, a ser convocado para a
seleção brasileira Sub-17 e Sub-20. Porém, um acidente automobilístico
na Rodovia Régis Bittencourt, em 2006, o deixou tetraplégico e
interrompeu a carreira que se mostrava promissora nos gramados. Alguns
anos depois, Bruno, então, foi para o mar e, praticando vela, defendeu
as cores do Brasil nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Nos Jogos
Paralímpicos Universitários, porém, ele, que é estudante de direito,
experimentou uma nova modalidade:
"Fiquei
sabendo dos Jogos Universitários e, como só estava fazendo a parte
física por conta de alguns entraves na Confederação Brasileira de Vela
(CBVA), resolvi participar para me manter exercitando e também conhecer
novos esportes. Gostei muito do tênis de mesa, só tinha jogado antes do
acidente, mas só por diversão, o famoso ping-pong. Bati bola com meu pai
antes dos Jogos Universitários para ver se conseguiria jogar", disse
Bruno, que admitiu que sentiu certa dificuldade:
"Tive
dificuldade em alguns pontos por não ter um treinamento adequado com
profissional da modalidade, como se posicionar direito na mesa. E também
por conta do pouco tempo que treinei".
E
Bruno, que fará 31 anos em maio, parece ter gostado do tênis de mesa,
tanto que não descarta lutar por uma vaga em Tóquio/2020 na modalidade.
"Estou
esperando resolver alguns entraves, mas, enquanto isso, estou
conhecendo alguns esporte para poder me dedicar e treinar. Estou vendo
as possibilidades para poder montar um planejamento adequado, disputar
campeonatos e uma vaga para os jogos do Japão, mas primeiro tenho de
conversar com profissionais das modalidades para que eu tenha uma
posição deles como posso melhorar e começar esse ciclo", afirmou.
O atleta aproveitou para lembrar o quanto o esporte é importante na vida dele, ressaltando o quanto ajuda no tratamento.
"O
esporte me ajudou e me ajuda até hoje. A minha reabilitação toda é
conciliada com esporte. Saio do treino, converso com a Carolina Savioli,
que é minha fisioterapeuta, e ela me passa coisas que eu posso fazer
para melhorar cada vez mais", salientou.
Foto: CPB/MPIX
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