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Bernardinho não crava futuro, mas fala em projeto: "Não sei viver sem isso"

O peso de 15 anos à frente da seleção é enorme. Bernardinho está cansado, mas ainda não sabe o que fazer. Após o fim de um ciclo vitorioso, encerrado com a conquista do ouro olímpico, o técnico diz que vai analisar com calma seus próximos passos. Depois dos amistosos da seleção contra Portugal, o técnico admitiu o desgaste à frente da equipe, mas abriu portas para a sequência do trabalho. Disse já ter um projeto pronto para o novo ciclo olímpico, após conversas com os jogadores mais experientes do grupo. Abriu, inclusive, a possibilidade de atuar fora da comissão técnica da seleção rumo aos Jogos de Tóquio, em 2020.

- Vou pensar. Já estou pensando em várias coisas, falei com os jogadores já. O projeto, eu continuo trabalhando. Mas preciso tomar uma decisão sobre seleção, clube, outras coisas no Brasil. Mas com serenidade, não há pressa. Não vou deixar o projeto de forma alguma. Qual o novo grupo? Que forma manter o novo ciclo de forma competitiva, brigando por medalhas em todas as competições. Qual é o grupo? Já tenho uma lista elaborada, um plano de ação. O importante é que o trabalho está consolidado. Se chegar um outro técnico, é lógico que ele vai colocar as ideias dele, mas não vai abrir mão de uma coisa com raízes importantes. Seleção é um trabalho continuo, trabalho permanente.

- Não tenho data. Não sei viver sem isso. Será que vou viver feliz ou entrar em depressão? Dilema é bastante claro. Não estou mais perto nem de lá, nem de cá. Quero ouvir o silêncio. Ou seja: como é que você realmente se sente? Estando um pouco aqui, um pouco ali. É um processo que ocupou muito tempo da minha vida. Como é tirar isso totalmente? Não sei a reação. Você paga um preço por isso tudo. Mais importante são os projetos, temos profissionais muito competentes. Confesso que essa decisão, certamente, eu não tenho nenhuma segurança para dizer se é por aqui ou por ali nesse momento. No momento tranquilo e oportuno, vou tomar decisão com serenidade – afirmou o treinador, que volta ao trabalho no Rio de Janeiro já nesta segunda.

Bernardinho admitiu ter uma série de sondagens e propostas para o futuro. Teve, inclusive, um projeto apresentado pelo Japão, mas afirma não querer sair do Brasil.


- Eu vou seguir. Dentro da quadra, eu vou viver. Nem que tenha um time da escola para treinar. Eu vou fazer. Eu tenho uns convites de fora. Eu tenho uma sondagem do Japão. O que falaram foi excessivo, “cheque em branco”. Japonês é um povo extremamente responsável. Não existe cheque em branco. Existe valorização pelo seu valor. Houve uma sondagem e algumas propostas formais. Querem que eu vá. Para o exterior. Mas não tenho nenhuma vontade disso. Eu vejo amigos indo lá para fora. E isso me incomoda muito. Muitas pessoas bacanas e do bem que podem contribuir estão indo embora. Se todos começarem a ir embora, vão entregar as chaves para pessoas que não deveriam tomar conta da nossa casa. Acho que podemos fazer a nossa parte bem feita, dando exemplo. Legado é de trabalho, de equipe, pensando na coletividade. As pessoas terem um exemplo de disciplina. Nada se conquista por acaso. Acabar com essa história de levar vantagem, das manhas. É trabalho. Vou continuar vivendo assim. Enquanto tiver forças para viver à beira da quadra, vamos estar. Mas tem de ser da melhor maneira possível. Se eu sentir que a nova geração precisa de um comando diferente, não tenho nenhum problema para abrir espaço.

Renan dal Zotto, diretor de seleções da Confederação Brasileira de Vôlei, afirmou que a vontade da entidade é que o treinador dê sequência ao trabalho à frente da equipe. Segundo ele, uma definição sobre as situações de Bernardinho e Zé Roberto, técnico da seleção feminina, aconteça na próxima semana.

- A situação é de ansiedade. A decisão é dele. Assim como já falamos com o Zé, que ficou de dar essa resposta, é a mesma coisa com o Bernardo. A vontade da entidade é que eles continuem. São os dois melhores treinadores do mundo. Não tem como ser diferente.

Fonte: globoesporte.globo.com


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