"Se o ciclismo fosse um videogame, eu teria zerado." Sir Bradley
Wiggins (GBR), 35 anos, tem um currículo que não o deixa mentir: são quatro
ouros, uma prata e dois bronzes nos Jogos Olímpicos (além de oito títulos mundiais), conquistados em competições de pista e de estrada.
Isso somado ao histórico título do Tour de France em 2012, quando se
tornou o primeiro britânico a vencer a tradicionalíssima competição. O
que poderia manter um atleta deste nível ainda motivado? Em entrevista à Press Association, Wiggins mostrou que a resposta está na ponta da língua:
Caso conquiste mais uma medalha, Wiggins se tornará o maior medalhista
Olímpico da Grã-Bretanha em todos os tempos. Atualmente, ele está empatado com o também ciclista Chris Hoy,
com sete medalhas. No entanto, o já aposentado Hoy (seis ouros e uma
prata) tem dois títulos Olímpicos a mais que Wiggins (quatro ouros, uma
prata e dois bronzes).
O histórico recente de competições de Wiggins indica que a fera vem para
disputar uma só prova nos Jogos do Rio, a perseguição por equipes do
ciclismo de pista. No entanto, com mais dois ouros Olímpicos, sua
soberania Olímpica sobre Hoy seria incontestável. Como a Grã-Bretanha
tem vaga para todas as provas masculinas do ciclismo (cinco na pista e
duas na estrada), quem sabe a ideia de alcançar esta "coroa britânica"
não o motive a disputar mais provas nos Jogos de 2016?
Hoje próximo do fim da carreira, Wiggins lembra que, no auge, começou a ser assediado com propostas midiáticas.
"Depois
de 2012, quando conquistei o ouro Olímpico e o Tour de France,
mergulhei em um mundo novo. Com a fama, começaram a aparecer convites
para ir à selva, dançar no gelo, participar de talk shows, esse tipo de
coisa", disse.
O campeão contou que, ao receber esse tipo de proposta, começou a
pensar em como seria a vida pós-ciclismo. Decidiu, então, trabalhar para
deixar um legado maior após se despedir dos pedais, promovendo eventos
de caridade com jovens ciclistas, como aconteceu nesta quarta-feira
(22), em Londres .
"Espero que minha ideia se desenvolva e, daqui
a uns dez anos, se transforme em algo que ofereça às pessoas coisas que
talvez não conseguissem alcançar normalmente", concluiu.
Foto: Getty Images
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