Hoje, 13 de Abril, será um dia que ficará marcado na história do basquete, e do esporte mundial. Será a última vez que Kobe Bryant pisará em uma quadra de basquete como atleta. Ele, que marcou uma geração inteira de amantes do basquete, para o bem ou para o mal, vai enfrentar o Utah Jazz, a mesma equipe que ele apareceu com mais destaque pela primeira vez, ao assumir a responsabilidade em sua primeira temporada, no quinto jogo dos playoffs. Ele errou diversos arremessos,o Lakers foi eliminado e ele foi vaiado pela torcida do Jazz, mas profetizou: "Errei, muitos arremessos hoje, mas amanhã e pelo resto da minha carreira acertarei muitos, podem anotar"
Essa 'marra' aparente causou muito ódio entre os fãs da NBA (Eu estou incluso). E quando era vaiado, era aí que ele gostava da partida, pra poder ter a última bola nas mãos, acertar no estouro do cronômetro e calar um ginásio. Por isso que a torcida do Lakers o ama, torcida essa que cresceu muito após Bryant surgir. O ódio que os torcedores rivais sentiam por ele nunca foi desrespeitoso, e no fundo no coração de muitos torcedores, havia uma pequena inveja de não ter Kobe vestindo a camisa do seu time brotava a cada cesta que ele fazia contra o seu time.
E Bryant é mais do que a 'marra'. Ele, que passou a infância na Itália vendo o pai jogar, aprendeu a disciplina europeia do treinamento exaustivo dos fundamentos. Ele aprendeu que não só o talento era necessário para brilhar, era preciso treinar, treinar e quando estivesse bem cansado, treinar mais um pouco. Ao vir para os Estados Unidos adolescente, afinou o seu talento e continuou a treinar como um louco. Virou um superastro aos 17 anos no ensino médio na Pensilvânia, resolveu pular a Universidade e encarar logo a NBA.
Ele logo causou impacto no Lakers e aos poucos, mostrava que viria a ser um all-star. Mas a grande mudança na carreira, na minha opinião, foi quando Kobe foi treinado por Phil Jackson, que comandou Michael Jordan, um dos ídolos de Kobe. Ele viu que tinha em suas mãos um diamante bruto que queria deixar sua marca na NBA tanto quanto Jordan deixou. E quando víamos pessoas perguntando quem seria o novo ídolo da NBA após Jordan, Kobe surgiu, sendo tricampeão fazendo grande dupla com Shaquille O'Neal, que depois tornaria seu desafeto, em uma briga de egos que nem o Zen Phil Jackson conseguiu resolver.
Com a saída de Shaq, Kobe teve o time para si e teve as atuações mais incríveis vistas desde Jordan. Como não lembrar do jogo que ele marcou 81 pontos, a segunda maior pontuação da história da NBA? Pena que o time ao seu redor era ruim, ele não pode disputarmais títulos. Somente quando Pau Gasol veio ao Lakers,Andrew Bynum despontou e Lamar Odom e Ron Artest jogavam seu emhlro basquete foi qque Kobe pode disputar finais novamente. Ele participou das finais contra o Boston, clássico rival dos anos 80, uma vitória para cada lado. Kobe ganharia seu quinto anel em uma final tranquila contra o Orlando Magic de Dwight Howard, seu desafeto.
Sua trajetória pela seleção americana foi mais conturbada. Kobe levou sete anos para poder estrear na seleção americana. E nas duas olimpíadas que disputou, mostrou sua habilidade já conhecida nas quadras da NBA e ajudou os Estados Unidos a retomar sua hegemonia no basquete. Em Pequim, foi decisivo na apertada final contra a Espanha de seu amigo Gasol, fazendo importantes pontos no fim do jogo. Muitos queriam que ele encerrasse a carreira nos jogos do Rio de Janeiro(eu inclusive), mas ele, por cansaço e lealdade ao Lakers, vai jogar a última partida da carreira com a camisa angelina.
Se Michael Jordan fez a NBA ser conhecida em todo mundo e influenciou uma geração de jogadores de basquete ao redor do mundo, Kobe consolidou a fama da NBA mundialmente e influenciou, não só jogadores de basquete, mas atletas de todos os esportes, com sua dedicação aos treinamentos, e seu comprometimento absurdo com o basquete, pois foram inúmeras as vezes que ele jogou contundido e principalmente, com sua lealdade aos Lakers, algo que está ficando raro de ver na NBA. Com certeza o mundo irá parar às 23:30 da noite (horário de brasília) para ver os últimos minutos de Kobe como jogador.
Então, se você ama o esporte, tem o dever de assistir a última partida desse gênio do basquete.Até espero que os Deuses do esporte deixem que a partida seja decidida por Kobe, em um faddeaway que é uma (das muitas) marcas registradas do 'black mamba' E obrigado Kobe, por poder torcer contra você nesses 20 anos que você brilhou, obrigado por ter engrandecido mais ainda o basquete. Pena você nunca ter jogado nos Bulls...
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