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Mário José dos Santos Jr. se prepara para os 50km da Copa do Mundo de marcha atlética


Com cerca de quatro horas de duração, os 50km da marcha atlética desafiam os limites do corpo humano. O percurso exige muito do físico e do psicológico dos atletas, tanto que os melhores esportistas do mundo disputam, em média, somente duas provas por ano. “O desgaste é tremendo. Após a prova você tem que ficar cinco dias sem fazer atividades. O atleta pode voltar a treinar somente 15 dias depois. É uma questão fisiológica”, explica o marchador brasileiro Mário José dos Santos Júnior, 36 anos.

O atleta marcha para a sua terceira participação olímpica. Ele representou o Brasil nos Jogos de Atenas 2004 e Pequim 2008. “A marcha de 50km é a maior distância do atletismo e a prova que mais demora. Quem corre uma maratona sabe bem que percorrer 42km é terrível, imagine completar mais 8km. No Rio de Janeiro vai ser bastante especial, porque geralmente as boas marcas saem de lugares frios. Em agosto estará quente e com umidade é alta. Será uma Olimpíada particular. Quem estiver bem adaptado ao calor terá um melhor rendimento”, analisa.

No dia 28 de fevereiro, os atletas da marcha atlética conhecerão o percurso olímpico da prova, durante o evento-teste do Rio 2016. Na ocasião, será disputada a Copa Brasil de Marcha Atlética junto com o Sul-Americano.

Mário José Jr. Já tem o índice para disputar os 50km nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Com a vaga garantida, o paulista abdicou de competir no evento-teste para participar da Copa do Mundo da modalidade, no dia 8 de maio, em Roma. “Fiz a opção de disputar somente os grandes eventos. Vou para a Copa do Mundo e para a Olimpíada. As duas provas de 50km”, diz. 

“Infelizmente, não vou poder participar da Copa Brasil. Fico até um pouco chateado, porque é a prova ideal para encontrar todos os atletas brasileiros. Este ano terá um gostinho bem especial, pois os atletas irão conhecer o percurso e a estrutura olímpica. Seria até legal participar”, lamenta.

A Copa Brasil será o passaporte para os atletas que não garantiram vaga para disputar a Copa do Mundo. Já o evento na Itália será o trampolim para os Jogos Olímpicos de 2016. “Acredito que os atletas classificados para as Olimpíadas não irão completar a prova da Copa Brasil, eles vão participar para conhecer o percurso, o clima. Então, agora, quem vai completar é quem tem o objetivo de participar da Copa do Mundo.”

Nos Jogos Olímpicos de Pequim, Mário terminou os 50km em 4h15min16, cruzando a linha de chegada em 41ª. Em 2016, ele espera melhorar a marca. “É um privilégio ser um atleta. A Olimpíada é a realização de um sonho. Durante a prova, passa um filme na cabeça com tudo o que você fez, cada dia que você tomou chuva, que você não tinha recursos, que você deu a volta por cima, se machucou, voltou de lesão. O momento olímpico faz tudo valer a pena”, afirma.

Foto: Getty Images

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