A cerca de um ano e meio do início da Olimpíada de 2016, a preparação do Rio de Janeiro para o evento ainda deixa muitas dúvidas. Enquanto as obras do Parque Olímpico parecem avançar em ritmo acelerado e mostram evolução nos últimos meses, outros pontos ainda geram preocupação e incertezas na cidade. A linha 4 do metrô ficará pronta a tempo? A Baía de Guanabara estará despoluída? O Consórcio Maracanã vai cumprir os compromissos na administração do estádio?
Complicações recentes não permitem que as perguntas tenham uma resposta concreta por enquanto, mas o Governo do Estado minimiza os problemas. Durante evento do lançamento do revezamento da tocha olímpica, nesta quinta-feira, o secretário da Casa Civil do Rio, Leonardo Espíndola, foi questionado sobre esses temas e deu explicações.
Atraso no metrô
Um dos principais temores da população do Rio de Janeiro é quanto ao atraso nas obras da linha 4 do metrô, que vai ligar Ipanema (Zona Sul) com a Barra da Tijuca (Zona Oeste), região onde ficará o Parque Olímpico. A construção inicialmente estava prevista para ficar pronta em dezembro de 2015, mas foi adiada para estar em funcionamento pleno em julho de 2016, apenas um mês antes dos Jogos.
Ano passado, uma falha no "Tatuzão", equipamento que abre caminho para fazer o túnel, causou afundamento do solo e rachaduras em prédios de Ipanema. Além da mudança do prazo, uma das seis novas estações, a da Gávea, não ficará pronta a tempo.
"O compromisso da linha 4 está mantido. O metrô vai chegar à Barra para os Jogos de 2016, interligado ao BRT e conduzindo aos cenários olímpicos. Tivemos uma questão pontual com a questão do Tatuzão e o resto foi normal, mas vamos ter o metrô na Barra", garantiu Espíndola.
Poluição na Baía de Guanabara
A polêmica discussão sobre a poluição da Baía de Guanabara também gera controvérsias. Apesar de diversas reclamações de atletas sobre as águas onde serão disputadas as provas de vela, o Governo carioca assegura que as condições serão boas para a Olimpíada. Depois de o secretário do Meio Ambiente, André Correia, dizer esta semana que não será possível cumprir a meta de tratar 80% do esgoto jogado na Baía, compromisso do dossiê de candidatura, Leonardo Espíndola rebateu.
"O que houve foi uma má interpretação do que o secretário acabou dizendo. O que ele disse é que não vamos despoluir 80% da Baía. Vamos buscar atingir a meta de tratar 80% do esgoto que migra para a Baía. O compromisso está mantido, temos entregas para fazer, dos troncos coletores Faria Timbó e Cidade Nova, onde a gente pretende antes dos Jogos tratar 80% do esgoto que migra Baía de Guanabara, coisa completamente diferente do que tratar 80% da Baía", afirmou o secretário estadual da Casa Civil.
Maracanã
Sem conseguir obter os lucros que planejava por causa da alteração do projeto inicial, a concessionária que administra o complexo do Maracanã fez um pedido ao Governo do Rio de Janeiro para renegociar o contrato. A alegação da empresa o Estádio de Atletismo Célio de Barros e o Parque Aquático Julio Delamare não puderam ser demolidos, impedindo a construção de dois edifícios-garagem e um shopping center no local.
Apesar disso, Leonardo Espíndola demonstrou tranquilidade, nesta quinta-feira, ao falar sobre a situação do estádio que será utilizado para as cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos de 2016, além de sediar outras modalidades no complexo. O Julio Delamare para receber o pólo aquático, a escola Friendreich terá quadras de aquecimento de vôlei, o Maracanãzinho é o palco principal do vôlei e o Maracanã sede do futebol
"Houve um pleito de reequilíbrio econômico e financeiro por parte da concessionária. A gente está estudando, mas todo o investimento no Maracanã está mantido.Não há nenhum prejuízo nem nenhum problema no sentido de reequilíbrio da concessionária com esses compromissos para o complexo. A concessionária vai realizar os investimentos com capital privado e esses compromissos vão ser cumpridos. O objetivo é que eles continuem à frente do Maracanã", afirmou Espíndola.
Fonte: www.espn.uol.com.br
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