Enquanto o Rio de Janeiro acelera a sua preparação para os Jogos
Olímpicos de 2016, o maior palco do atletismo da cidade completou dois
anos fechado. O local que seria demolido, assim como o Parque Aquático
Júlio Delamare, para as construções de um estacionamento e um centro
comercial na modernização do complexo do Maracanã teve a sua
pista retirada e serviu como apoio para estruturas temporárias na Copa
do Mundo de 2014. Presidente da Federação do Estado do Rio de Janeiro,
Carlos Alberto Lancetta lamenta a atual condição do equipamento e vê os
atletas da modalidade abandonados pela carência de um espaço para
treinar e competir na cidade.
- A sensação é de que estamos
perdendo o nosso espaço e a nossa casa. Hoje nós somos um morador de rua
(...). Nós, além de perdermos toda essa oportunidade de utilização do
estádio pelos nossos atletas, perdermos a oportunidade de oferecer o
local para delegações estrangeiras, atletas de outros estádios e para
Confederação Brasileira de Atletismo - disse ao canal SporTV.
Apesar de não ser a casa do atletismo nos Jogos Olímpicos de 2016, que
terá provas no Engenhão, o Célio de Barros foi considerado durante
muitos anos o principal estádio da modalidade no país,
recebendo competições nacionais e internacionais e sendo primeiro local
do Brasil com uma pista sintética, com dimensões olímpicas. Uma
liminar Ministério Público do Estadual impediu a sua demolição em 2013 e
fez o então Governador Sérgio Cabral mudar de opinião.
Quando o estádio será reaberto ainda é uma incógnita. Um evento foi
realizado no último fim de semana por antigos frequentadores da pista
pedindo a sua reabertura. Lancetta garantiu ter R$ 10 milhões para
reforma do Célio de Barros e aguarda uma decisão concreta sobre o futuro
do local para que as obras sejam iniciadas.
- Nós já temos
os recursos. São R$ 10 milhões e aguardamos os próximos dias para que a
gente tenha uma decisão concreta do que vai acontecer.
Representantes
da concessionária que administra o Maracanã e do Governo do Rio de Janeiro foram
procurados pelo canal e não quiseram gravar entrevista sobre o
caso. Em uma nota, eles afirmaram que o Comitê Rio 2016 solicitou o estádio
para a instalação das estruturas provisórias durante os Jogos. As obras para a
reabertura do Célio de Barros estão previstas para começarem somente após as Olimpíadas.
Segundo contrato em vigor, as reformas são de responsabilidade da empresa, que
deve investir 100 milhões de reais para recuperar o estádio e também o
parque Júlio Delamare.
Foto: Leonardo Filipo
Fonte: SporTV.com
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