A Autoridade Pública Olímpica (APO) divulgou nesta
quarta-feira a atualização da Matriz de Responsabilidades dos
Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. A diferença para a última, de
julho de 2014, é que a nova relaciona 56 projetos associados
exclusivamente à
organização e realização do evento ao invés de 52. Desse total, 42
projetos (75%) estão
com valor e prazos definidos, somando R$ 6,6 bilhões. Em comparação com
a anterior, quando os recursos
totalizavam R$ 6,5 bilhões, houve um progresso de 1,4%, ou seja, aumento
de R$ 100 milhões. Assim, o orçamento total chega a 37,9 bilhões (R$ 7
bilhões do Comitê Rio 2016; 6,6 bilhões de reais em
arenas; e 24,1 bilhões de reais do legado). No lançamento, em janeiro de
2014, de um total de 52 projetos, 24 tinham valor
e prazos definidos (46%), totalizando R$ 5,6 bilhões.
- Em um ano, a Matriz mostrou
avanços significativos na preparação dos Jogos, resultado do trabalho
feito de forma integrada pelos entes governamentais - afirma o
presidente da APO, general Fernando Azevedo e Silva, em declaração publicada no site oficial.
Entre os principais destaques da atualização, estão os avanços na construção e
adequação de instalações do Complexo Esportivo de Deodoro e em projetos
de energia dos Jogos. Ao longo do ano, 86% dos projetos da Matriz
apresentaram evolução no nível de maturidade ou na definição de
responsável pelos recursos.
A maior parte dos investimentos, R$ 4,24 bilhões (64%), vem do setor
privado. O restante, R$ 2,37 bilhões (36%), é proveniente do setor
público. A próxima atualização da Matriz está prevista para julho deste
ano.
- Entramos na reta final. O foco será a operação e os serviços
relacionados aos Jogos - diz o presidente da APO.
No dia 19 de novembro de 2011, o general Fernando Azevedo e Silva tomou posse da Autoridade Pública Olímpica (APO),
entidade interfederativa criada naquele ano para integrar e monitorar
os compromissos dos governos municipal, estadual e federal em relação às
obras das Olimpíadas de 2016. Era uma entidade esvaziada, cujo
presidente anterior, Márcio Fortes, havia deixado o cargo em agosto do
ano passado. A existência da APO chegou a ser questionada publicamente
pelo prefeito Eduardo Paes.
Na ocasião havia a pressão pelo
lançamento da Matriz de Responsabilidades, documento que indica quem
financia e quem executa as obras, no qual estaria a primeira parcial de
gastos com os Jogos. A primeira versão foi lançada em janeiro de 2014.
Dois meses depois veio o Plano de Políticas Públicas, que lista as
construções que não estão diretamente ligadas às Olimpíadas, como a
linha 4 do metrô e o anel rodoviário.
Foto: Agência Senado
Fonte: Globoesporte.com
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