O Rio de Janeiro vai entrar em 2015 em um “momento absolutamente
decisivo” da preparação para os Jogos Olímpicos, mas está com as obras
em dia e prevê começar a entregar as primeiras arenas a partir de
agosto, afirmou o prefeito Eduardo Paes na última sexta-feira 19, ao fazer um
balanço do andamento dos trabalhos.
Em um apresentação comparando o avanço das obras entre janeiro e
dezembro de 2014, em que destacou a evolução principalmente dos
trabalhos no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, Paes disse que as
principais dores de cabeça foram resolvidas e que agora basta manter o
ritmo para concluir os preparativos dentro do prazo.
Paes apontou a construção do velódromo, com capacidade para 5 mil
pessoas, como a única obra atrasada no Parque Olímpico, mas disse que as
três semanas de atraso no cronograma “são facilmente recuperáveis”.
– Na nossa cabeça a Olimpíada começa no ano que vem. Temos o desafio
de começar a entregar estádios a partir de agosto e setembro e,
provavelmente, vamos a cada dois meses inaugurar dois equipamentos
olímpicos – disse o prefeito a jornalistas em entrevista coletiva no
Parque Olímpico.
“É um desafio muito grande. A situação nunca é confortável, mas as
coisas estão bastante em dia. Todas as obras estão absolutamente dentro
do prazo. Nós temos pleno controle do processo hoje”, acrescentou.
Entre os principais avanços apontados pela Prefeitura do Rio neste
ano está o início das obras do Parque Olímpico de Deodoro, que estavam
atrasadas e só começaram a sair do papel em julho. Outros avanços
incluem obras de mobilidade urbana na cidade e a construção da Vila
Olímpica, que está 60 por cento concluída.
Apesar de as autoridades apontarem que as obras estão bem encaminhadas, os organizadores dos Jogos Olímpicos enfrentam
problemas em outras frentes, como por exemplo a poluição da Baía de
Guanabara, onde serão disputadas as provas de vela.
Nesta semana, pesquisadores da Fiocruz detectaram inclusive bactérias
resistentes a antibióticos nas águas que desembocam na baia, o que
aumentou a preocupação com a qualidade da água na raia olímpica. Atletas
que treinam e competem no local frequentemente reclamam da sujeira.
Questionado sobre o problema, Paes disse que o tema não é da alçada
da Prefeitura, e apontou a responsabilidade para o governo do Estado.
O orçamento dos Jogos Olímpicos é de R$ 37,6 bilhões, dos quais R$
24,1 bilhões são destinados para obras de infraestrutura e R$ 6,5
bilhões são para a construção de equipamentos feitos exclusivamente para
a Olimpíada. Os outros R$ 7 bilhões são do comitê organizador.
Uma das preocupações dos organizadores é evitar erros cometidos na
preparação da Copa do Mundo deste ano, quando as obras atrasaram e
sofreram estouro de orçamento.
Fonte: Correio do Brasil
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