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CBVela convoca Bimba, Zarif, Kahena, Martine e Freitas para os Jogos Olímpicos de 2016


A Confederação Brasileira de Vela (CBVela) anunciou neste sábado os primeiros representantes do Brasil na modalidade já garantidos nas Olimpíadas do Rio 2016. Eleitas as melhores velejadoras do mundo pela Federação Internacional (Isaf, na sigla em inglês) e vencedoras do Prêmio Brasil Olímpico, Martine Grael e Kahena Kunze encabeçam a lista, que conta também com Jorge Zarif, Ricardo Winick, o Bimba, e Patricia Freitas, conhecida no meio da vela como Paty. 

- A decisão obviamente é parte de um período de observação. Pretendemos ter todas as classes definidas até a Copa do Brasil de dezembro do ano que vem. Todas essas classes tiveram superioridade bastante grande em relação aos concorrentes, tanto que na Finn e na FX o segundo colocado acabou desistindo da disputa, facilitando nosso trabalho. Mas independente da desistência, os dois venceram todos os eventos das eliminatória, assim como a Paty e o Ricardo na pracha. Nosso objetivo com isso é poder voltar um pouco os olhos visando novos talentos para 2020. Não se faz um atleta de nível olímpico em um ciclo, e a gente precisa pensar também no futuro – disse o técnico chefe Torben Grael.

Desde que a classe 49er FX foi criada para fazer parte do programa dos Jogos de 2016, Martine e Kahena têm colecionado feitos memoráveis. Neste ano elas venceram o Mundial da Isaf, o Aquece Rio, primeiro teste para as Olimpíadas, a Copa Brasil de Vela em janeiro (ficaram em segundo na Copa Brasil  realizada neste fim de semana em Niterói), as etapas de Hyères e Mallorca da Copa do Mundo de vela, além da Semana Olímpica de Garda Trentino. 

- Não posso dizer que não dá um alívio, mas o foco da nossa preparação sempre foi 2016, então não muda muita coisa. Até porque nossa competição com as outras meninas não foi muito forte. É claro que é a realização de um sonho, mas nós temos que focar em outro sonho que é chegar nas Olimpíadas com chances reais de conquistar medalhas – disse Martine. 

Zarif e Bimba não tiveram resultados tão expressivos quando as meninas, mas foram premiados pela consistência e regularidade no cenário internacional. Em 2013, Zarif conquistou o Mundial júnior em julho e a Gold Cup da classe Finn em agosto, quebrando um jejum de 41 anos de títulos do Brasil na competição. Ele foi o mais novo velejador a conquistar os dois eventos, ainda com 20 anos. Hoje ele tem 22. Patricia, que compete na RS:X, vai disputar a terceira edição das Olimpíadas com apenas 24 anos.

- Com essa anúncio a seletiva brasileira perde a importante e nos dá fôlego para focar nas competições internacionais. Alguns outros países também já têm atletas definidos, então se quisermos estreitar parcerias de treinamento com os gringos esse anúncio nos abre portas – disse Paty. 

Os principais resultados de Bimba em 2014 foram um 5º lugar na etapa da Copa do Mundo em Miami, 7º na etapa de Palma, 8º na etapa da Copa do Mundo em Hyères, além de 1º lugar nos Campeonatos Sul-Americano e Norte-Americano. Na Copa Brasil, disputada nesta semana em Niterói, carioca ficou em quarto lugar. 

- Por mais que todo mundo achasse óbvio que eu disputaria, acho que tira um peso.. Eu estar na minha 5ª Olimpíada não significa que é fácil, mas que o trabalho foi bem feito. Essa certeza ajuda não só na parte psicológica, mas também na parte financeira na hora de buscar um patrocínio. Além disso nos permite nos preocuparmos só com os gringos. Aqui (Copa Brasil) em nenhum evento foquei nos adversários brasileiros, só me preocupei com os gringos – disse Bimba. 

Para o presidente da CBVela, Marco Aurélio Sá Ribeiro, a divulgação dos nomes é importante também para fomentar nos atletas um sentimento grupo, estimulando que outros velejadores que estão fora desta seleção colaborem com os treinamentos dos colegas olímpicos.

- A construção de uma medalha é um processo coletivo. Quanto antes começar a agir como time, mais facil vai ser conseguir resultado. Estamos transformar rivais em velejadores que vão cooperar. Assim um atleta vai se sentir mais à vontade de trocar experiências com alguém que era concorrente. É uma mudança de filosofia. E todo mundo vai crescer tecnicamente.


Foto: Helena Rebello
Fonte: Globoesporte.com

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