Oscar Pistorius,
condenado a cinco anos de
prisão por ter assassinado a namorada Reeva Steenkamp, se beneficiou de
um tratamento
especial para seu 28º aniversário, ao receber uma longa visita de seus
irmãos, Carl e Aimée Pistorius, de acordo com o jornal "Sunday Times". A
visita à prisão durou cerca de duas horas, o que teria violado as
regras do local, que permite a Oscar apenas cinco visitas de uma hora
por mês. Desde o anúncio de
sua sentença, Pistorius está cumprindo pena na
ala hospitalar do presídio Kgosi Mampuru, em Pretória. O atleta divide
espaço com outros detentos com deficiências.
Carl e
Aimée levaram balões, presentes e ainda uma torta
comprada fora da prisão, o que também é proibido. De acordo com o jornal
britânico, os veículos dos familiares do atleta biamputado não foram
inspecionados de forma correta. O porta-voz dos serviços penitenciários,
Logan Maistry, revelou ao "Sunday Times" que Pistorius não se beneficia
de nenhum tratamento preferencial, contudo, garantiu que seria aberta
uma investigação após a divulgação das informações sobre violação das
regras do presídio.
A procuradoria sul-africana não ficou satisfeita com a pena imposta para
o atleta paralímpico e apresentou um
recurso contra a sentença e a condenação do sul-africano pelo homicídio culposo, quando não há
intenção de matar. A data para a
audiência de apelação será realizada no dia 9 de dezembro. Entre os
argumentos legais que serão apresentados está o de que o julgamento
"errou em subestimar as circunstâncias do casal naquele momento" e que o
fato de o atleta ter ficado "ansioso e aparentado remorso" no tribunal
influenciou a decisão.
Os procuradores definiram a pena como
"chocantemente leve" e vão apelar por uma sentença mais dura. A defesa de Pistorius se opôs ao recurso,
e os dois lados serão ouvidos na audiência. De acordo com as leis da África do Sul, o o atleta
paralímpico poderia ficar apenas 10 meses na prisão, e a procuradoria
pretende mudar a interpretação da juíza responsável pelo caso, Thokozile
Masipa. Sob
os olhares da imprensa mundial, o julgamento do multicampeão
paralímpico se estendeu por oito meses.
Em fevereiro
do ano passado, ele
atirou quatro vezes pela porta de seu banheiro e matou a namorada.
Pistorius e seus
advogados insistiram na versão de que o atleta teria a confundido com um
intruso em sua casa. Para Thokozile
Masipa, o Estado não conseguiu provar que foi um ato intencional. Por
isso, foi inocentado de homicídio doloso. Para a imprensa
internacional, a promotoria deve se basear em teses de especialistas
que
consideraram que a juíza, responsável pelo caso, errou ao
interpretar o conceito legal de “dolo”, considerando que Pistorius
deveria sim
ter ciência das consequências de seus atos.
Foto: Reuters
Fonte: Globoesporte.com
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