A medalha de bronze no solo no Mundial de ginástica artística de
Nanning fez com que Diego Hypolito nem prestasse atenção em seu
resultado em outro aparelho, o salto. Depois da competição na China, o
ginasta avaliou seu resultado, nono lugar, e passou a acreditar que
também pode brigar entre os melhores do mundo no salto sobre a mesa,
categoria na qual é o atual bicampeão pan-americano. Nesta quarta-feira,
em São Bernardo do Campo (SP), Diego afirmou que quer dificultar sua
apresentação para poder brigar pelo pódio:
- O salto é um aparelho em que costumo competir bem, quero aumentar o grau de
dificuldade dos saltos. Se eu tenho essa possibilidade, vou buscar uma
medalha no salto também. Se eu treinar bem, posso brigar por uma final e, consequentemente, por uma medalha - disse.
Diego
estava na condição de segundo reserva da seleção brasileira e só
viajou para a China pois um dos atletas da seleção se contundiu. O
ginasta chegou a Nanning como suplente e só conseguiu a vaga devido a
outra contusão de última hora, dessa vez de Caio Costa. Sua primeira
apresentação no Mundial foi exatamente no salto, o que atrapalhou um
pouco sua tentativa de chegar à final:
- Eu só fui ver que eu
terminei em nono no salto quando as finais já estavam sendo disputadas.
Eu olhei e falei, "caramba, sou o primeiro reserva, foi melhor que o
esperado". E olha que eu pisei na linha no primeiro salto, o que me fez
perder alguns pontos - justificou Diego.
O salto é a prova mais imprevisível da ginástica masculina. É o
aparelho com o maior número de quedas e onde as principais surpresas
acontecem. No Mundial 2014, encerrado na semana passada, por exemplo, o
favorito Yang Hak-Seon, campeão olímpico nos Jogos de Londres 2012,
sofreu duas quedas e ficou em sétimo lugar:
- O salto é sempre
assim, quem compete bem tem chance. Às vezes, todo mundo cai e a
medalha fica com alguém que não é favorito. Dá para brigar, sim, por uma
final olímpica e, em uma final, tudo pode acontecer - disse.
Diego Hypolito sabe que ainda não tem vaga garantida para os Jogos do
Rio de Janeiro, em 2016. Para isso, precisa tirar notas altas em outros
aparelhos, além do solo e do salto. O ginasta vai aumentar o foco nas
outras provas, mas sabe que o Mundial mostrou sua capacidade:
-
Vi que posso ser útil na seleção. Tenho boas notas nas barras paralelas
e na barra fixa. No cavalo, estou bem e não faço mais as argolas -
disse.
Foto: CBG
Fonte: Globoesporte.com
0 Comentários