A disputa de 50m livre não decepcionou quem aguardou ansiosamente
pelo seu desfecho. Nas finais da noite de ontem, Cesar Cielo Filho, do Minas Tênis, e Bruno Fratus,
do Pinheiros, protagonizaram um duelo eletrizante que deu ao primeiro
21s39 e ao segundo, 21s45, as duas melhores marcas do planeta este ano.
Cielo não perde uma disputa de 50m livre do Campeonato Brasileiro em
piscina longa desde 2008.
- Foi bem abaixo do que eu estava esperando. Para ser sincero a
sensação na piscina não estava boa não, quando eu bati foi uma surpresa
mesmo. Achei que ia sair perto do que eu fiz de manhã. Tomara que a
gente siga com essas boas performances pra representar o Brasil lá fora.
É bacana fazer as marcas aqui dentro, mas a gente quer as medalhas
internacionais. Eu acredito que já estou melhor do que eu estava no
Mundial do ano passado. Foi muito bacana. Terceira vez que nado pra
21s3. Agora eu acho que é começar a nadar cada vez mais neste patamar
pra começar a baixar. Estou contente, muito satisfeito. Foi muito
melhor do que eu estava esperando – disse Cielo.
Antes o melhor tempo do mundo no ano era do australiano Eamon
Sullivan, 21s65, feitos no Campeonato Australiano. Nicholas Santos, da
Unisanta, que quase fica fora da final e teve que desempatar com João de
Lucca nas eliminatórias da manhã, levou o bronze da prova, com 22s32.
Bruno Fratus mudou radicalmente de vida, foi para os Estados Unidos
treinar em Auburn e vem mostrando que é seríssimo candidato ao pódio das
principais competições do mundo até os Jogos Olímpicos de 2016.
- Era realmente o tempo que eu tinha em mente. É o meu melhor tempo
de longe. A última vez que eu dei um resultado expressivo foi nas
Olimpíadas, foram quase dois anos sem nadar uma prova em que eu
realmente ficasse orgulhoso. Aí você começa a ficar ansioso pelo seu
próximo grande resultado. Tive uma operação no ombro, mais de uma
mudança de técnico, mudança de país, então a gente fica na expectativa.
Ter ficado em segundo nesta situação não me deixa nem um pouco chateado.
A rivalidade existe sim ou não seríamos velocistas, mas é uma
rivalidade de querer vencer, totalmente saudável – disse Bruno.
Foto: Satiro Sodré/SS Press
Fonte: CBDA
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