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Chiaki Ishii é homenageado em São Paulo e elogia desempenho recente do judô brasileiro

Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press
Os medalhistas brasileiros se reuniram em São Paulo para homenagear Chiaki Ishii, responsável pelo primeiro pódio olímpico do judô nacional, na noite de terça-feira. Ao lado de Sarah Menezes e Mayra Aguiar, premiadas em Londres-2012, o pioneiro se disse impressionado com a evolução da modalidade entre as mulheres.

Pai de três filhas, Ishii tratou de ensinar sua técnicas às herdeiras. Vânia, a mais nova, disputou as edições de Sydney-2000 e Atenas-2004 dos Jogos, mas não conseguiu repetir o feito do pai. A primeira brasileira a ganhar uma medalha olímpica foi Ketleyn Quadros, bronze em Pequim-2008.

Em franca evolução, o judô feminino voltou de Londres-2012 com mais dois pódios, conquistados por Sarah Menezes (ouro) e Mayra Aguiar (bronze). Além de manifestar surpresa, o experiente Ishii deu sua explicação para o crescimento da modalidade no Brasil.

“Ensinei todas as minhas filhas. A Vânia disputou cinco Mundiais e duas Olimpíadas, mas não conseguiu nada. Agora, todo o mundo está ganhando medalha: Sarah, Mayra. Não estava esperando esses resultados. Mas as brasileiras sempre treinam com homens. No Japão, isso não acontece. Por isso, o Brasil está crescendo mais”, explicou.

As judocas nacionais deram mais uma demonstração de força na última edição do Mundial, disputada recentemente no Rio de Janeiro. Rafaela Silva, Érika Miranda, Maria Suelen Altheman, Sarah Menezes e Mayra Aguiar subiram ao pódio. Para completar, o País ainda faturou a prata por equipes. Entre os homens, apenas Rafael Silva medalhou.

“Surpresa, não foi”, pontuou Sarah Menezes. “A surpresa que tivemos foi a equipe masculina não trazer o resultado positivo. Mas o feminino fez a sua parte graças ao árduo trabalho diário. O esforço de cada judoca proporcionou aqueles resultados”, completou.
Bronze nos Jogos de Munique-1972 e no Mundial de Ludwigshafen-1971, Ishii serviu como exemplo para homens como Aurélio Miguel e Rogério Sampaio, campeões olímpicos. Para Sarah Menezes, a falta de uma mulher como espelho não foi um complicador.

“Quando um brasileiro conquista uma vitória, seja homem ou mulher, vira inspiração para os atletas da modalidade. Assim que entrei na Seleção, me espelhei muito no Leandro Guilheiro e no Tiago Camilo, por exemplo. Observava esses atletas nos treinamentos e conseguia aprender”, explicou.

Nos Jogos do Rio de Janeiro-2016, Sarah espera que o Brasil ganhe mais medalhas, independentemente do gênero dos competidores. “Tomara que o número de atletas premiados nas Olimpíadas aumente não apenas entre as mulheres”, afirmou a campeã, generosa com os companheiros de Seleção.

Gazeta Esportiva

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