Em meio ao Mundial de Esportes Aquáticos de Barcelona, na última semana, o presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Coaracy Nunes, comemorou o fato de o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral desistir de demolir o Parque Aquático Julio Delamare. Apesar de já pedir para voltar ao local imediatamente, o dirigente revelou que, em reunião Cabral na última quarta-feira, ficou estipulado um prazo de 40 dias para que isso aconteça
"Perguntei a ele qual seria a possibilidade de nós ocuparmos imediatamente a piscina e ele me disse que devemos aguardar 40 dias, mas não tem nenhum problema, nenhum óbice, de ser aproveitado o Julio Delamare para alguma outra coisa que não seja o Parque Aquático."
O governo estadual também decidiu manter o estádio de atletismo Célio de Barros, que que também faz parte do complexo do Maracanã. O porém é que a pista já está destruída, assim como outros aparelhos. A pergunta é: quem vai pagar essa conta?
"Nós temos certeza que vamos encontrar parceiros privados para nos ajudar a reconstruir esse estádio gastando menos ainda do recurso público" - disse o secretário estadual de Esporte e Lazer, André Lazaroni.
A Federação de Atletismo do Rio de Janeiro estima que sejam gastos de R$ 8 milhões a 10 milhões para reconstruir a pista e comprar a torre de competição e a gaiola de provas, que foram destruídas.
"A gente espera que em um tempo mais rápido possível (seja reconstruído). Que eu não acredito que seja menor do que cinco a seis meses para ter a pista de volta" - avalia Carlos Lancetta, presidente da Federação de Atletismo do Rio de Janeiro.
A Defensoria Pública da União quer o tombamento de todo o complexo do Maracanã e lembra que promessas semelhantes foram feitas antes do Pan-Americano do Rio, em 2007.
"(Isso é) para trazer um caráter de definitividade porque, às vésperas do Pan de 2007, toda essa confusão que está ocorrendo hoje aconteceu também, e o governo do estado disse que não ia mais demolir, ia investir R$ 10 milhões no complexo desportivo e depois ia ficar um legado para a cidade. Esse legado, seis anos depois, volta à mesma confusão e a ideia de demolição" - afirmou o defensor público André Ordacgy.
O pedido de tombamento será feito na semana que vem ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Com tantas mudanças, o consórcio que passou a administrar o complexo faz as contas e tem até o próximo dia 25 para decidir se mantém ou não o contrato com o governo estadual. Com os estacionamentos que ocupariam os espaços do parque aquático e do estádio de atletismo, o grupo esperava arrecadar R$ 19 milhões por ano.
Fonte: Globoesporte.com
Foto: Leonardo Filippo
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