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Célio de Barros tem a pista soterrada e deverá passar por reconstrução




O estádio Célio de Barros não será mais demolido, como foi anunciado na última sexta-feira. Porém, o principal já não existe mais. A pista foi soterrada por uma camada de meio metro de aterro e cimento, onde o Consórcio Maracanã planejava construir um shopping e um estacionamento. Na arquibancada, a cobertura está comprometida por infiltrações. Comprados para os Jogos Pan-americanos de 2007, equipamentos foram amontoados em uma sala. E a torre de controle foi derrubada. Diferentemente do parque aquático Julio de Lamare - cujo ginásio de saltos foi abaixo, mas as piscinas e arquibancadas foram preservadas -, o estádio de atletismo precisará ser reconstruído, como constatou o site Globoesporte.com

Tanto o Célio de Barros quanto o Julio de Lamare ficarão fora do Consórcio Maracanã e seguirão administrados pelo Governo do Rio. Porém, foi o consórcio quem liberou a entrada da reportagem e do presidente da Federação de Atletismo do Rio de Janeiro, Carlos Alberto Lancetta, depois de cerca de 30 minutos aguardando pela autorização da segurança. Lá dentro, o dirigente avaliou a dimensão do trabalho que deverá ser feito.
Da passarela do metrô do lado do estádio é possível notar que a pista faz parte do passado. De canteiro de obras do Maracanã, o espaço de 23 mil m² virou estacionamento na Copa das Confederações. Grades empilhadas podem ser vistas na altura do que era a primeira curva da pista, cujo túnel que dava acesso dos atletas foi soterrado. Na entrada há um dos vários buracos de 20cm de diâmetro e profundos, feitos pelo Consórcio Maracanã ao redor do terreno para estudo de solo, já com o objetivo de levantar o shopping center.
Parte do vestiário feminino foi reformada para ser usada pelo efetivo de segurança do torneio de futebol disputado em junho. Porém, a área dos chuveiros, de um dos quais vazava água, estava abandonada, assim como as banheiras de hidromassagem. Equipamentos comprados pelo Ministério do Esporte para o Pan de 2007, como barreiras e colchões, estão em uma sala úmida. Com um dos pneus murcho, o carrinho usado pela cronometragem toma poeira no acesso às cadeiras. A única pista que sobrou foi a de aquecimento, debaixo da arquibancada.
A reconstrução deverá custar cerca de R$ 8 milhões, captados através da lei de incentivo ao esporte. O início das reformas, porém, ainda não tem data prevista. Na última segunda-feira, Lancetta entregou o projeto à Suderj (Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro) . A pista será igual à antiga, com apenas uma diferença. A primeira reta contará com nove raias, característica comum das pistas recentes. Dessa forma, nas provas mais curtas, 100m e 110m com barreiras, não será usada a raia um, a mais interna e mais desgastada pelas corridas de fundo. Como não há espaço para uma pista de aquecimento, ela será de nível A2, abaixo da pista do Engenhão, A1, a única em condições de receber as Olimpíadas na América do Sul.
Vejo com grande esperança de que a gente possa concretizar todas as nossas expectativas sobre o que foi prometido nas duas reuniões que tivemos com o governo do estado no Palácio Guanabara. Eles nos prometeram que pretendem recuperar e nos entregar um novo estádio de atletismo de padrões internacionais - declarou Lancetta.
Se tudo correr bem, a pista poderá ficar pronta em seis meses a partir do início das obras, já permitindo a volta aos treinos dos atletas. A arquibancada e as salas internas serão reformadas posteriormente.
 "Estamos muito felizes por termos a oportunidade de mantermos o templo não só do atletismo brasileiro, mas sul-americano. Aqui aconteceram muitos resultados expressivos, inclusive o único recorde mundial em território brasileiro, em 1981, com Joaquim Cruz" - finalizou Lancetta, referindo-se à marca do campeão olímpico na categoria juvenil.
Fonte: Globoesporte.com

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