O Brasil se impôs no último dia de competições. Com sete medalhas no total, seis finais (incluindo uma final 100% verde e amarela) e dois ouros, o país voltou a liderar o quadro geral de medalhas e se sagrou campeão geral do torneio, mantendo a hegemonia no continente.
Rafael Macedo (-90kg), Leonardo Gonçalves (-100kg), David Moura (+100kg), Rafael Moura (+100kg), Mayra Aguiar (-78kg) e Maria Suelen Altheman chegaram às finais, enquanto que Beatriz Souza, que perdeu para a própria Suelen nas semifinais, foi para a repescagem.
Vejamos como foi o desempenho de cada um deles e os medalhistas do Pan-Americano.
CATEGORIAS FEMININAS
(-78kg)
Sempre ela. A judoca mais condecorada de nossa história, Mayra Aguiar, conquistou a sua sexta conquista em Pan-Americanos e, agora, deve se consolidar ainda mais na liderança do ranking mundial.
Nas preliminares, Mayra Aguiar projetou Jacqueline Usnayo, do Chile, e Nefeli Papadakis, dos Estados Unidos, por ippon, para encontrar-se com a cubana Kaliema Antomarchi na decisão. A final já era prevista, já que a brasileira era cabeça de chave nº 1 e Antormachi a nº 2.
A última vez que as duas se enfrentaram em Pan-Americanos foi em Havana, em 2016, com vitória para Mayra. Esse foi também o último continental do qual Mayra participou até retornar em Lima 2019.
Lúcia Cantero (ARG) e Nefeli Papadakis (USA) garantiram as medalhas de bronze.
(+78kg)
No pesado feminino, ainda nas preliminares, Beatriz Souza imobilizou Mackenzie Williams (EUA) até o ippon e Maria Suelen Altheman projetou a argentina Amanda Bredeston nas quartas para se encontrarem na semifinal.
A luta das brasileiras foi parelha, cada uma levou duas punições, mas Suelen impôs maior volume de ataque e conseguiu forçar a terceira punição à compatriota.
Na final, ela enfrentou a atual vice-campeã olímpica e campeã mundial Idalys Ortiz, de Cuba. A cubana mantém uma grande hegemonia diante de Suelen e, mais uma vez, impôs sua força. Ouro para Cuba. Suelen ficou com a prata.
Bia, por outro lado, conquistou a medalha de bronze contra a americana Nina Cutro-Kelly. Quem completou o pódio foi Melissa Mojica (PUR).
CATEGORIAS MASCULINAS
(-90kg)
Rafael Macedo, representante brasileiro, começou bem. Na primeira luta, venceu o colombiano Francisco Balanta e, em seguida, encarou o vice-campeão mundial júnior, Robert Florentino, da República Dominicana.
Em luta aberta, o brasileiro conseguiu girar para defender-se de uma queda e evitar o ippon do adversário. Na sequência, foi para cima e conseguiu imobilizar Florentino por dez segundos para assegurar um waza-ari que o garantiu na final.
Porém, na final, o brasileiro enfrentou o vice-campeão mundial em Baku/2018, o cubano Ivan Felipe Silva Morales, e perdeu, garantindo mais uma prata para o país.
Robert Florentido (DOM), vencido por Rafael nas semifinais, ficou com a medalha de bronze. Ele é forte candidato a estar em Tóquio. Está bem na corrida olímpica. A segunda medalha de bronze foi para Zachary Burt (CAN).
(-100kg)
No meio-pesado (-100kg), Leonardo Gonçalves venceu Liester Cardona, de Cuba, e L.A. Smith II, dos Estados Unidos, ambos por ippon, para chegar à final. O brasileiro estava defendendo o título de 2018. Porém, diante do canadense Shady El Nahas, que foi prata no Grand Slam de Osaka, no Japão, no ano passado, sofreu revés e teve de se contentar com a prata.
Thomas Briceno (CHI) e Liester Cardona (CUB) completaram o pódio com o bronze.
(+100kg)
Os pesados brasileiros não tomaram conhecimento de seus adeversários e venceram todos por ippon. David passou por Ajax Tadehara (USA) e Freddy Figueroa (ECU), campeão do Pan em 2018. Baby precisou vencer Pedro Pineda, da Venezuela, e o cubano Andy Granda.
Na final, o embate que todos estavam esperando e que pode definir o futuro dos pesos pesados para Tóquio/2020. Muitos acreditavam que David Moura estivesse um pouco a frente do Rafael Silva na corrida olímpica, mas o "Baby" mostrou que não é duas vezes medalhista olímpico à toa e conquistou a América, acirrando essa disputa.
QUADRO DE MEDALHAS
Com um resultado apertado, o Brasil ficou em primeiro lugar, na frente do Canadá e de Cuba, seus principais adversários no continente. No entanto, não se pode deixar de ressaltar a chuva de medalhas. Foram 15 em 18 possíveis. Além disso, fez finais em 11 categorias das 14 possíveis. Ficou de fora, apenas, das categorias -63kg feminino, -73kg e -81kg masculino.
PRÓXIMA PARADA
A próxima competição importante é o Grand Slam de Baku. Brasil inscreveu, por enquanto, 18 judocas:
MASCULINO
Felipe Kitadai (-60kg), Phelipe Pelim (-60kg), Daniel Cargnin (-66kg), Charles Chibana (-66kg), Marcelo Contini (-73kg), David Lima (-73kg), Eduardo Yudy (-81kg), Rafael Macedo (-90kg) e Buzacarini (-100kg).
FEMININO
Nathália Brígica (-48kg), Gabriela Chibana (-48kg), Larissa Pimenta (-52kg), Eleudis Valentim (-52kg), Rafaela Silva (-57kg), Ketleyn Quadros (-63kg), Ellen Santana (-70kg), Mayra Aguiar (-78kg) e Maria Suelen Altheman (+78kg).
RANKING OLÍMPICO
Na próxima semana o Surto Olímpico vai lançar a atualização do ranking olímpico e os brasileiros devem subir bem.
Fotos: CBJ
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