Após conquistar vaga na Seletiva, Alexandre Ank vai representar o
Brasil pela classe 4 masculina nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, em
2019. Hoje garantido, o atleta já projeta bom desempenho no campeonato
depois da vitória sobre Eziquiel Babes e de um roteiro de viagens de dar
inveja – e muito desgaste também.
O problema veio com a sequência de competições. Alexandre disputou o
Brasileiro, em Concórdia-SC, voou para Costa Rica, onde jogou uma etapa
do Circuito Mundial Paralímpico, e engatou, depois de voltar, na disputa
da Seletiva, em São Paulo. Como consequência das horas de voo, acabou
desenvolvendo uma lesão, que chegou a ameaçar sua participação na
competição. O fim, no entanto, reservava alegrias.
“Foi um desgaste muito grande. Pensei até em não participar da Seletiva
com medo de piorar minha situação física, mas procurei me concentrar e
descansar em São Paulo, no CT Paralímpico. Jogar contra o Eziquiel é
muito difícil, ele tem um nível muito forte. Pressiona o tempo inteiro,
então tive que fazer um jogo diferente com ele”, comentou Alexandre.
A vitória que garantiu o atleta no Parapan veio depois de uma partida
de 4 sets, em que Alexandre Ank derrotou Eziquiel Babes por 3 a 1 (9/11,
11/8, 11/6 e 12/10). Ao fim da partida, porém, a conta de todo o
esforço do atleta chegou, e ele não conseguiu esconder o sacrifício da
jornada anterior.
“Acabei passando mal, minha pressão baixou. Sentia muita dor por causa
da lesão, mas não foi nada grave. Já estou quase curado, e agora é
descansar, fortalecer e preparar para disputar o Parapan em Lima”,
explicou.
Ironicamente, no entanto, a expectativa de Alexandre é de voos ainda
mais altos. Após ouro por equipes e bronze individual no Rio, em 2007, o
atleta busca agora aumentar seu quadro de medalhas em Lima e, quem
sabe, realizar um sonho maior ainda.
“Chegar para mais um Parapan coloca em evidência o que eu venho fazendo
nesses últimos anos. Agora é treinar forte para ser campeão, e buscar
uma vaga em mais uma Paralimpíada. Disputei em Pequim, e tenho essa
chance através do Parapan, em Lima, de ser campeão e ir para Tóquio.
Quem sabe até realizar um sonho maior que é ganhar uma medalha
paralímpica. Então é treinar, focar e brigar a todo momento por uma vaga
em Tóquio”, finalizou Ank.
Foto: Divulgação
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