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Lars Grael afirma que só aceitaria cargo no novo governo se esporte fosse valorizado: "Não tenho interesse em ser apenas o coveiro do esporte"

Com a experiência de Secretário Nacional de Esportes do Brasil na gestão de Fernando Henrique Cardoso, o velejador Lars Grael era o nome preferido de grande parte da comunidade esportiva para ser o homem forte do setor na equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro. Mas não viu no novo governo, até o momento, um terreno produtivo para levar seus conhecimentos.

Em entrevista ao diário 'Lance!' Lars, que participou Star Sailors League Finals velejando ao lado do proeiro Samuel Gonçalves, explicou sua recusa a um cargo no novo governo, não mostrando oposição ao fim do Ministério do Esporte, mas criticando sua submissão ao Ministério da Cidadania, bem como a falta de relevância dada ao segmento. E afirmou que só aceitaria um cargo no governo se houvesse uma mudança de tratamento em relação ao esporte, com uma secretaria especial, ligada à Presidência, e com presença nas reuniões ministeriais.

"Eu aceitaria conversar. Mas ser apenas o coveiro do esporte no novo governo não seria interessante. Poderíamos até deixar de ter o status de Ministério, mas que tivéssemos uma secretaria especial, ligada à Presidência da República, com assento nas reuniões ministeriais e com ênfase nos programas e metas da área. Deste modo, eu entenderia que o esporte estaria prestigiado, mesmo dentro de outro Ministério. Da forma como está proposto, não teria interesse." afirmou Lars.

Lars também falou sobre a fusão com o ministério da Cidadania, ilógica na sua visão: "Acho que, se fosse para fazer uma fusão, a lógica seria com Educação e Cultura. Na própria Constituição, há um capítulo que trata de educação, cultura e desporto. E o artigo 217, o único que rege sobre o esporte, diz que é dever do Estado o fomento ao desporto educacional. A relação entre as áreas é natural.O que foi feito parece mais uma gambiarra. Além de rebaixado ao segundo escalão, nossa área será uma partícula em um Ministério muito maior. Não vejo um cabo de guerra entre o setor esportivo e o novo governo, que acabou de ser eleito pela maioria da população e merece crédito. Mas fica um sentimento de frustração."

Ainda assim, Lars apoia o nome do General Marco Aurélio Costa, cotado para ser o secretário de esportes no ministério da Cidadania: "Cabe a nós apoiar. Jamais devemos adotar a política do "quanto pior, melhor". Vou desejar que ele faça uma boa gestão."

Em 2019, Lars, que em 1997 sofreu um acidente, sendo atingido por uma lancha que o fez perder a perna direita,  se desligou da Confederação Brasileira de clubes (CBC) onde era Superintendente e pretende se dedicar mais ainda a classe Star: "Pesaram muito em minha decisão a liberdade e a independência. Em fevereiro, vamos correr a Master's Cup e Midwinter, em Miami. Depois, temos a Bacardi Cup, também em Miami, e, em maio, o Campeonato Europeu, no Lago de Garda, na Itália. Em junho, tem o Mundial, em Porto Cervo, na Itália. "

Para ler a entrevista na íntegra, clique aqui


foto: reprodução/ facebook

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