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COI pede a governo senegalês que coopere com investigação francesa contra Diacks

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, fez um apelo para o governo de Senegal para que coopere com a investigação realizada por promotores franceses para investigar casos de corrupção envolvendo o ex-presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), Lamine Diack e seu filho Papa Massata Diack.

Segundo a Agência France-Presse, Bach enviou uma carta ao presidente do Senegal, Macky Sall, pedindo que medidas fossem tomadas o quanto antes para agilizar as investigações.

Promotores da França alegam que há indícios de pagamentos ilegais feitos por Papa Diack em troca de votos dos membros da IAAF e do COI para a designação de cidades-sede das Olimpíadas e outros grandes eventos esportivos.

Papa Diack está na lista dos mais procurados da Interpol desde dezembro de 2015. Ele reside em Dakar, pois o governo senegalês se recusa a extraditá-lo a França para que enfrente as acusações. Os promotores querem a extradição dele antes que seja banido do esporte por toda a vida, para interrogatório. Diack disse que as acusações são "a maior mentira da história do esporte mundial" e que a investigação é uma forma de difamar a reputação dele e de seu pai.

Lamine Diack, de 85 anos, está preso na França desde setembro de 2015 pela acusação de aceitar milhões de dólares em suborno para encobrir testes de doping positivo de atletas russos, além de acusações adicionais por supostamente favorecer seu filho em negociações de acordo com patrocinadores e canais de televisão através da IAAF, como com a emissora chinesa CCTV, a Samsung da Coréia do Sul e o banco estatal russo VTB.

O investigador Renaud van Ruymbeke informou a Bach que enfrenta dificuldades para investigar Papa e Lamine Diack principalmente pela ausência total de cooperação do Senegal.

Entre os nomes investigados, também está Carlos Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que teria pago U$ 2 milhões em suborno para garantir o voto de Lamine Diack, além de convencer outros membros do COI da África a votar pela candidatura do Rio do Janeiro para as Olimpíadas e Paralimpíadas de 2016.

Já Papa Diack teria recebido suborno de U$ 1,5 milhão para influenciar os representantes africanos a votarem em Tóquio para os jogos de 2020, e não em Madri. O pagamento foi feito por uma equipe da candidatura japonesa para Diack em uma conta no banco Black Tidings, sediado na Singapura.

Além disso, Papa Diack teria recebido benefícios para apoiar a candidatura de Pyeongchang nos Jogos de Inverno de 2018.


Foto: Getty Images

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