Por Juvenal Dias
Novos tempos. Assim o Comitê Olímpico Brasileiro quer
caracterizar sua nova gestão, presidida por Paulo Wanderley, ex-técnico de
judô. Uma forma de simbolizar esta “retomada esportiva” foi o lançamento do COB
realizado na capital paulista, nesta terça-feira, dia 07. Trata-se do Selo
Olímpico, uma submarca do Time Brasil, que serve de reconhecimento e homenagem
aos atletas que representaram ou representarão as cores do país em Jogos Olímpicos.
São três os selos: atleta olímpico, é o status que
identifica aqueles esportistas que participaram de alguma edição de Olímpiada,
serve para os 2.168 competidores que estiveram presentes ao longo dos quase cem
anos de participação brasileira, desde 1920, na Antuérpia, Bélgica; medalhista
olímpico, é o status que mostra aqueles que conseguiram chegar ao pódio e
conquistar uma láurea de prata ou de bronze, difere do anterior pela borda e
letras em tom prateado, são 373 contemplados com essa condição; por fim,
campeão olímpico, que é o status de glória máxima, 98 atletas já subiram ao
lugar mais alto do pódio e podem utilizar o selo com letras e bordas douradas.
Os atletas ganham uma camisa confeccionada pelo COB para ser usada com o
emblema ou podem demonstrar também em seus sites e redes sociais.
O evento contou com a presença de 14 medalhistas olímpicos,
dos quais alguns ativos em pleno meio de ciclo, como o caso de Arthur Zanetti,
Sarah Menezes e Felipe Wu (ginástica artística, judô e tiro esportivo, respectivamente),
outros que pararam recentemente ou estão fora de cena atual, como Tiago Camilo,
Thiago Pereira, Sheilla Castro e Isabel Swan (judô, natação, vôlei e vela),
além daqueles representantes de outras épocas, Hortência, Robson Caetano,
Aurélio Miguel, Rogério Sampaio, Maurício, Tande e Virna (basquete, atletismo,
judô e vôlei).´
A Casa Manioca, que foi o local onde aconteceu, também
reuniu o presidente do COB e outros dirigentes, que aproveitaram a ocasião para
mostrar para investidores e imprensa como está sendo implantada a nova política
dentro da entidade e projeções do Time Brasil para os Jogos de Tóquio-2020.
“Estamos reunidos hoje não apenas para homenagear nossa
história com o selo que está sendo lançado para identificar e valorizar nossos
principais personagens olímpicos – os atletas, como também para falar do
futuro, apresentando a todos a nova cara do COB, nossos planos e desafios”,
ressaltou o presidente Paulo Wanderley, em seu discurso de abertura da
cerimônia.
“Foi um evento maravilhoso, muito ‘top’ mesmo. É muito
gratificante para todos os atletas ter um momento deste, é um momento único de
celebração de todas as modalidades no Brasil”, comentou a judoca Sarah Menezes,
campeã olímpica em 2012. E ela ainda completou falando sobre o que significa
carregar este selo: “Para mim, é tudo, é uma carreira, na qual você sonha desde
pequena. Este sonho vem se concretizando com o tempo, comigo foi bem real.
Conquistei o auge com 22 anos, sou muito grata até por ter conhecido este
esporte, ter alcançado muitas vitórias e ter aprendido nas derrotas. Hoje é só
felicidade”.
Falando de felicidade, o ginasta Arthur Zanetti também
mostrou grande satisfação no evento: “Fico feliz porque o COB trouxe atletas
que continuam treinando e competindo, então já tem esse reconhecimento e
atletas que já pararam há muito tempo. Isso é legal porque é um fator
motivacional, para estes últimos é um sinal que não forma esquecidos e para nós
para continuarmos treinando forte. O selo de campeão é um fardo pesado que a
gente carrega, mas vale muito a pena e é só fator de orgulho”. Vale lembrar que
Zanetti acumula duas medalhas, ouro em Londres e prata no Rio e pode se tornar
o primeiro ginasta a subir três vezes no pódio.
As entrevistas completas destes dois campeões e de outros
personagens importantes do evento serão exibidas na íntegra, em vídeos, em
breve. Então vale continuar acompanhando o Surto Olímpico para ficar bem
informado do mundo esportivo e para ver o que cada um falou.
Fotos: Juvenal Dias
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