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Sede do Pan de handebol, Groenlândia vê grande chance de voltar ao mundial: "Estamos com grandes expectativas"

Por Regys Silva e Marcos Antônio
Muitos que não acompanham assiduamente o handebol vão achar estranho quando olharem a sede do pan-americano de Handebol masculino, que será disputado entre os dias 16 e 24 de junho. Groenlândia? Sim, Groenlândia, mais precisamente em Nuuk, capital do território autônomo que faz parte do reino da Dinamarca.
 


A Groenlândia, sendo um território, não é reconhecida por entidades como o COI por exemplo, mas para outras, ela é aceita como por exemplo a IHF (Federação internacional de Handebol). O Handebol inclusive é considerado o esporte nacional da ilha, muito pela influência dinamarquesa e muito praticado pelos groenlandeses.Em entrevista exclusiva para o surto olímpico, o  Presidente da confederação Groenlandesa de Handebol Jorgen Isak Olsen contou sobre a popularidade do esporte:

"O Handebol na Groenlândia é muito popular. Se contarmos o número de membros, nossa federação é a segunda maior do país, sendo superada pela associação de futebol. Atualmente, temos em 16 clubes como membros. Esses clubes representam cerca de 1500 e 1700 jogadores de todas as idades." explicou.
Ginásio de Nuuk, onde serão disputados os jogos do Pan de Handebol
Sendo parte do reino da Dinamarca, crê-se que o país ajude a Groenlândia a desenvolver o Handebol. o que é verdade em parte segundo o presidente Olsen: "Somos uma federação independente que não tem relações diretas com as Organizações Esportivas Dinamarquesas. No entanto, temos uma boa cooperação com a Federação Dinamarquesa de Handebol (DHF). Todo o nosso programa de treinamento para treinadores e árbitros é realizado em cooperação com a DHF. Em questões internacionais, eles também nos ajudam em muitas coisas"

A Groenlândia inclusive teve sua geração dourada que inclusive  marcou presença em algumas edições de mundial de Handebol masculino em 2001, 2003 e 2007 com a melhor colocação sendo um vigésimo lugar em 2001. O presidente Olsen explicou porque a seleção da Groenlândia não conseguiu mais se classificar para o mundial:

"No masculino, nossos jogadores evoluíram. Mas assim como os outros países, os jogadores também evoluíram com o tempo. O nosso trabalho foi satisfatório em muitas áreas, mas nunca foi suficiente quando vamos aos torneios de qualificação para o mundial. Os outros países também foram capazes de nos superar, que tem sido principalmente a razão pela qual não conseguimos mais voltar a um mundial."

Mesmo culturalmente ligado ao continente europeu, a Groenlândia é filiada a Federação Pan-americana de Handebol pela proximidade geográfica e nunca teve a intenção de entrar na concorrida federação europeia. Sobre a possível divisão da federação pan-americana, em federação sul-americana e federação da América do Norte e Caribe, o presidente Jorgens Olsen se mostrou favorável: 

"Por muitos anos fomos membros da PATHF (Sigla da Federação pan-americana de Handebol) e da IHF. Ao longo dos tempos, não nos beneficiamos com essa união. O único benefício é que temos participar de torneios de qualificação. Portanto, como federação, temos uma chance real de contribuir para a construção de uma nova organização na região norte da qual a Groenlândia faz parte. Estamos ansiosos. Acreditamos que as oportunidades serão abertas neste contexto" 

A Groenlândia tem grandes expectativas para o pan-americano que será em casa e que dará três vagas para o mundial de 2019, que será na Dinamarca e na Alemanha: "Nossas expectativas são grandes. Esperamos muito que nós estejamos entre os melhores quando o torneio em nossa casa terminar. Também será bom ver como atuam as seleções estrangeiras, para quem sabe adaptar algo para o nosso estilo de jogo" na última edição,em 2016 em Buenos Aires (ARG), os groenlandeses ficaram na quinta colocação.


Agora é só esperar a competição e ver se o fator casa será determinante no sucesso da Groenlândia no pan-americano.

Fotos: Gety Images e http://pan-am-2018.ghf.gl/

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