A jogadora de hóquei no gelo da Coreia do Norte, Un Hyang Kim, foi
inocentada de uma ofensa de doping nas Olimpíadas de Inverno de Pyeongchang
2018. Kim fazia parte da equipe Unificada
da Coreia, que reuniu membros das seleções das duas Coreias na disputa dos
jogos.
A equipe conjunta incluiu 23 atletas da Coreia do Sul e 12 da Coreia do
Norte e foi muito celebrada como um símbolo da paz em meio a tensão crescente na
península coreana. Elas competiram sob o nome de Coréia sob a bandeira da
unificação, o mapa das duas Coreias formando um só país em azul no fundo
branco.
Kim testou positivo para a substância hidroclorotiazida diurética
(HTZC), que pode ser utilizado como um agente mascarante para ocultar a
presença de outras substâncias proibidas. Entretanto, a Federação Internacional
de Hóquei no gelo (IIHF) disse que o teste positivo é resultado de um "consumo
involuntário". Como resultado, o Tribunal de Arbitral do Esporte (CAS) não
impôs um período de suspensão a Kim, permitindo que a atleta pudesse continuar
a competir nos Jogos.
Apesar do caso chegar ao CAS, nenhuma confirmação da resolução foi dada
durante os Jogos. A IIHF disse que havia uma "concentração extremamente
baixa" na amostra de Kim fora da competição, coletada durante as
Olimpíadas.
Três nanogramas por milímetro foram detectados na amostra. O corpo
diretor disse que o valor encontrado era de 197 nanogramas por milímetro menor
do que o limite da Agência Mundial Antidopagem (WADA). Kim foi considerada sem
culpa ou negligência, com a amostra positiva sendo atribuída a alimentos
contaminados.
"Uma amostra
subsequente colhida na competição realizada durante o período dos Jogos
Olímpicos, depois de extensas pesquisas feitas por especialistas líderes no
campo de doping, indicaram que a amostra positiva foi resultado de
contaminação", declarou a FIAH em um comunicado.
No comunicado a
entidade ainda explica que entrou em acordo com a jogadora para suspender
qualquer punição por não terem considerado erro ou negligência por parte da
atleta. "A IIHF acredita firmemente que o nível de concentração de HTCZ
encontrado na amostra do jogador não deveria ter sido uma descoberta analítica
adversa e agora trabalhará com a WADA para abordar os limites de decisão para
certas substâncias com alta probabilidade de contaminação".
O tenista
brasileiro Thomaz Bellucci recebeu uma suspensão retroativa de cinco meses em
janeiro para um teste positivo para a substância, apesar de um veredito sem
culpa. A concentração de sua amostra foi de aproximadamente 30 nanograma por
milímetro.
Duas vezes
medalhista de ouro dos Jogos Asiáticos, Chen Xinyi, também falhou no teste para
o diurético proibido nas Olimpíadas do Rio 2016 resultando em uma suspensão de
dois anos, com sua concentração registrada em 36,76 nanograma por milímetro.
Outro nadador
chinês, Liu Zixuan, também testou positivo para a substância no ano passado. A
pentatleta, Qian Chen, apelou sem sucesso ao CAS depois de ter sido despojado
de seu quarto lugar no Rio 2016 após um teste positivo para a mesma substância.
Ela foi banida por quatro anos pela Federação International de Pentatlo Moderno.
Foto: Getty Images
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