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A seis mãos, treinadores das seleções adulta e de base constroem novo handebol feminino no país

O treino acaba e Jorge Dueñas reúne as atletas no meio da quadra. Em um círculo, elas ouvem atentamente o treinador, que faz uma breve avaliação do que viu e passa algumas orientações. Detalhe: Dueñas é o técnico da seleção adulta feminina de handebol, e muitas dessas jogadoras nem chegaram aos 18 anos.

A conversa faz parte de um período de observação e conversas do treinador principal com os técnicos e as atletas das categorias de base para criar um conceito único de trabalho e um estilo de jogo para todas as equipes de todas as idades do handebol feminino do Brasil.

O espanhol veio para o país para acompanhar o período de treinos que os times júnior e juvenil estão fazendo no Centro de Treinamento em São Bernardo do Campo (SP) como preparação para os Campeonatos Pan-Americanos, que distribuem vagas para os Mundiais.

"Estamos aproveitando o acampamento para fazer reuniões com os técnicos das categorias de base para definir uma forma de trabalho igual. Cada técnico tem suas características e não quero impor nada, estamos conversando para criarmos juntos. O handebol brasileiro tem uma forma de jogar consolidada nos últimos anos, quero aproveitar essa base e introduzir melhorias", disse o espanhol após um treino da categoria juvenil no Centro de Treinamento do Handebol.

Cristiano Silva, treinador da equipe júnior, destaca a importância dos parâmetros que Dueñas tem passado para a detecção de novos talentos.

"Ganhar campeonatos é importante, mas a maior missão das categorias de base é revelar talentos para o time principal. Temos conversado bastante sobre critérios a serem observados desde que a jogadora se apresenta no infantil, como a questão do biótipo, a observação de atletas canhotas. Assim, podemos começar a trabalhar essas jogadoras desde jovens para a chegada ao time adulto", diz Silva.

"Esse trabalho vai dar muitos frutos lá na frente. Nossas jogadoras estarão muito mais preparadas para chegar ao time principal em 2024 (Olimpíada de Paris)", diz Daniel Suarez, técnico da equipe juvenil.

Para as jogadoras de base, ter Dueñas acompanhando os treinos é um grande incentivo.

"Ele está passando a proposta que tem para o time adulto e nós saberemos o que precisaremos seguir para chegar lá. A presença dele aqui nos ajuda a enxergar melhor os conceitos que ele quer passar. Ele tem falado bastante do jogo coletivo, que temos de saber a hora de soltar a bola e passar para a companheira, temos de confiar que todas aqui têm talento e saberão resolver", diz Bárbarah Monteiro, 16 anos, do ADJF/Independência Trade.

Foto: CBHb


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