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Comitê olímpico dos Estados Unidos admite erros e pede desculpas por caso Larry Nassar

Os casos de abuso sexual envolvendo Larry Nassar, médico que integrou a equipe americana de ginástica, tomaram conta da primeira entrevista coletiva do Comitê Olímpico dos Estados Unidos (USOC, na sigla em inglês) em PyeongChang, na Coreia do Sul. Nassar abusou de pelo menos 200 mulheres nos quase 30 anos em que trabalhou com medicina esportiva.

O médico foi condenado em dois julgamentos pelos crimes. Num deles, encerrado em janeiro, foi sentenciado a 175 anos de cadeia. Em outro, finalizado nesta semana, Nassar recebeu pena de 125 anos de prisão. Ele também foi punido com 60 anos de detenção por pornografia infantil. O médico abusou de ginastas campeãs olímpicas como Simone Biles, Gabby Douglas, Aly Raisman e McKayla Maroney.

O presidente do USOC, Larry Probst elogiou a bravura da smulheres que denunciaram Lassar e pediu desculpas incondicionais pela falha do comitê: 

"Para as mulheres, aquelas que escolheram prestar depoimento ou aquelas que não, todas demonstraram bravura e força tremendas numa circunstância muito difícil de imaginar. Nós dizemos o seguinte: "o sistema olímpico fracassou e nós pedimos desculpas de forma incondicional". Palavras não podem expressar a raiva que o conselho e a liderança do USOC, e eu pessoalmente, sentimos pelo que os abusos de Larry Nasser provocaram nessas jovens mulheres e em suas famílias"

Probst contou ter lido os depoimentos “de impacto” das ginastas. Para ele, as histórias de abuso mostram como “o sistema falhou ao não protegê-las”.

"Eu tenho uma sensação de traição, tristeza e raiva. O USOC instaurou uma comissão independente para investigar quem sabia dos abusos de Nasser, quando souberam e o que fizeram com essa informação. Vamos tomar ações adequadas quando essa investigação terminar. O que vivemos nos Estados Unidos é extremamente doloroso em vários níveis, principalmente pelas mulheres envolvidas. Devemos a todos uma investigação transparente e profunda. E é isso que vai acontecer. Nossas atletas merecem o melhor que pudermos dar a elas. Vocês têm todo o meu comprometimento de fazermos isso acontecer."

Probst não quis estipular um prazo para o fim das investigações do USOC. O presidente do Comitê Olímpico dos Estados Unidos também admitiu que “foi um erro” o USOC não ter tido um representante durante o julgamento de Nasser. O dirigente afirmou que pretende reexaminar as relações com as confederações das modalidades filiadas ao USOC, como a da ginástica.

"Elas (as confederações) são independentes, mas o que aconteceu indicou que precisamos ter uma relação diferente do que era no passado. A USA Gymnastics (a federação americana de ginástica) precisa fazer mais, precisa mudar sua cultura. Enviamos uma série de pontos que eles têm de cumprir."

Probst concluiu reconhecendo que o USOC demorou a dar acompanhamento às atletas: "Demoramos demais a dar suporte às ginastas depois que as revelações se tornaram públicas. Temos que fazer um trabalho melhor para ter um esporte seguro."


foto: Getty Images
com informações de globoesporte.com

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