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Coluna Lógos Olympikus #5 - A atmosfera é ótima, já o clima...

Os Jogos Olímpicos de inverno trazem uma atmosfera muito divertida, a todo tempo vemos a torcida coreana se divertindo, quando uma câmera foca em alguém é dando tchauzinho, sorrindo, é impressionante como um acontecimento dessa magnitude traz alegria. Em compensação, as condições climáticas estão no extremo, por vezes, mais que o aceitável, prejudicando algumas competições. Esta edição está sendo considerada a mais fria de todos os tempos, durante a noite podemos perceber isso com quedas bruscas de temperatura e nevascas.

Ontem já foi difícil de concluir a prova do Salto em Esqui, montanha normal, devido a ventos fortes e de direção inconstante. Hoje tivemos cancelamento da classificatória Snowboard Slopstyle para as mulheres, com isso todas avançaram para a final. A prova do Downhill do Esqui Alpino masculina foi adiada. Treino oficial de salto em esqui do Combinado Nórdico foi cancelado. Teve terremoto há cerca de 160 km de distância. O Luge terminou com nevasca e temperatura de -20°C. No Esqui Estilo Livre – Moguls, a sensação térmica era de -25°C! Não foi um dia fácil.

Mas nem por isso faltou emoções e histórias fantásticas a serem contadas. Se ontem as mulheres foram as protagonistas, hoje foi a vez dos homens serem responsáveis pelos principais feitos e medalhas. A começar pelo garoto americano Redmond Gerard, de 17 anos, que venceu no Snowboard  Slopstyle de forma impressionante, mostrando muita versatilidade nas manobras. Além dele, o medalhista de bronze da prova, o canadense Mark McMorris ganhou destaque por sua história de quase morte no ano passado para pódio esse ano.

A segunda grande história vem direto da Noruega. O país fez pódio completo no Esquiatlo do Esqui Cross-Country 30 km, feito que se repetiu pela segunda vez na Coreia, ontem a Holanda já tinha conseguido na Patinação de Velocidade feminina. Colocar três atletas entre os medalhistas já seria um feito incrível por si só, mas com Simen Krueger tendo caído na largada e ficado mais de 30 segundos atrás do pelotão e sair campeão, torna o feito como uma das maiores conquistas dos Jogos.

Outro grande conto a ser relatado se deve a números. O holandês Sven Kramer se tornou o primeiro a ganhar três vezes a prova de 5000 m de Patinação de Velocidade. Como se não bastasse, ainda quebrou o seu próprio recorde olímpico ao fazer o tempo de 6min09s76. Foi impressionante ver o tempo antigo ser dizimado, até porque começa a prova e ele faz parciais acima dos concorrentes, mas chega na parte final, cresce tanto que torna inacreditável o feito.

Ainda tivemos dois alemães que merecem destaque. Um pelo lado positivo e outro, pelo negativo. Arnd Peiffer venceu no Biatlo 10 km sem errar um tiro sequer e sendo o mais veloz durante o percurso, garantindo o terceiro ouro do país e a liderança no quadro de medalhas até o momento. Liderança que tinha tudo para ser ampliada, se Felix Loch não tivesse errado na última descida do Luge individual. O bicampeão liderava a competição e acabou fora do pódio. O desastre só não foi maior para os germânicos porque Johannes Ludwig ficou com o bronze. Chris Mazdzer ficou com a prata, primeira medalha dos Estados Unidos na competição, e o ouro foi para o austríaco David Gleirscher.

Para não falar que não teve nada no feminino, a jovem francesa Perrine Laffont, de 19 anos, não conteve as lagrimas ao saber do resultado final no Esqui Estilo Livre (Moguls) e perceber que tinha se tornado a grande campeã do evento. Mais uma cena tocante que pudemos presenciar.

Ainda tivemos as definições dos semifinalistas do Curling duplas mistas e dos finalistas na Patinação Artística por equipes, além de duas partidas no Hóquei feminino. Pelo menos os eventos fechados estão garantidos. Resta saber como estarão as condições do tempo para as próximas competições.

fotos: Getty Images

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