Terminou na tarde desta sexta-feira, 8, o Mundial de Levantamento de Peso Paralímpico, no Ginásio Olímpico Juan de La Barrera, na Cidade do
México. O evento contou com a participação de 71 países e o Brasil
enviou uma delegação de 17 atletas, entre os quais oito são da categoria
júnior, e os demais do adulto.
E eles voltam para casa, no
Brasil, neste sábado, 9, com quatro medalhas conquistadas. A base
mostrou-se bem forte. Foi um ouro, uma prata e um bronze entre os mais
novos, e um bronze no adulto. Jamais a bandeira nacional foi vista com
tamanha frequência em Campeonatos Mundiais da modalidade.
Os
responsáveis pelos pódios brasileiros, desta feita, foram o manauara
Lucas Manoel, de recém-completados 16 anos, com o ouro na categoria até
49 quilos; o mineiro Mateus de Assis, 20, foi prata entre os atletas até
107 quilos com 172 quilos na barra, e o bronze na mesma classe foi para
o paraense Vitor Afonso dos Santos, 20, com 164 quilos.
“Um
ouro, uma prata e um bronze vindo de atletas que a gente não esperava
nos dá a segurança de dizer que o balanço do Mundial Júnior é positivo,
aqui no México o Brasil contou com oito atletas desta categoria, o que
mostra a força do trabalho dos Centros de Referência da modalidade
espalhados pelo país, que está trabalhando a base”, explicou Felipe
Dias, coordenador do halterofilismo, citando os Centros de Referência em
Desenvolvimento do Halterofilismo, que o CPB mantém em oito cidades de
seis Estados e do Distrito Federal, desde 2013.
Entre os
adultos, a medalha brasileira saiu dos esforços do baiano Evânio
Rodrigues, 33, na categoria até 88 quilos. Ele acumula agora duas
notáveis performances no cenário internacional em duas temporadas
consecutivas. Nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016, abocanhara a prata
nesta mesma categoria.
“Medalha do Evânio mostrou uma evolução
muito boa, porque muito se falou que a prata do RIo 2016 foi ‘falsa’,
porque os favoritos queimaram todas as pedidas e a prata caiu no colo.
Mas aqui a gente viu que não, que este bronze foi real, foi competitivo,
brigou com os caras que não conseguiram validar os movimentos nos Jogos
Paralímpicos´e aqui eles foram ouro e prata. Então, o bronze do Evânio é
representativo”, disse Dias.
Até então, a melhor performance do
país em competições deste porte fora três anos atrás, em Dubai 2014,
quando saímos com um ouro entre os juniores, com Rafael Vansolin, e um
bronze no adulto, com Márcia Menezes.
“Acho que estamos no
caminho certo, fundamental é continuar fazendo a máquina girar para
trazer mais atletas jovens, porque a capacidade que o Brasil tem de
desenvolver os jovens é impressionante, então é nisso que vamos
apostar”, avaliou Felipe Dias.
O próximo Campeonato Mundial será na cidade de Astana, capital do Cazaquistão, em julho de 2019.
Foto: CPB/MPIX
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