A crise provocada pela descoberta de um esquema de doping
sistematizado pelo governo local provoca mais uma perda para o esporte russo. O
país retirou a sua candidatura para sediar a Copa do Mundo de Basquete de 2023.
De acordo com a Rússia, o motivo para desistir de sediar o maior evento do
basquete internacional, com exceção das Olimpíadas, é a crítica internacional
contrária aos atletas do país.
O presidente da Federação Russa de Basquetebol, antiga estrela
da NBA, Andrei Kirilenko, disse que a candidatura foi retirada "levando em
conta a atitude negativa da comunidade esportiva mundial para os atletas russos
e o esporte do nosso país em geral".
Os escândalos do doping na Rússia refletiram em vários
esportes e em diversas conquistas do país. Algumas modalidades, como o
atletismo e o ciclismo, foram proibidas de disputar as Olimpíadas do Rio de
Janeiro no ano passado. O atletismo está suspenso pela sua federação
internacional de qualquer competição fora de seu território há mais de um ano. O
levantamento de peso terá que cumprir um ano de suspensão de competições
internacionais, o que acarretará na ausência do país europeu do mundial deste
ano. Além da proibição aos esportes do país, a Rússia acabou sofrendo com a
perda de diversas medalhas conquistadas em mundiais e Olimpíadas, especialmente
nas de inverno disputadas na cidade russa de Sochi. Apesar disso, Kirilenko não
vinculou diretamente a decisão tomada aos escândalos de doping.
Com a retirada da Rússia, a Federação internacional de
Basquete (FIBA) passa a contar com apenas duas ofertas para sediar a Caopa do
Mundo de 2023 até o momento, e ambas são candidaturas compartilhadas. A primeira
vem da América do Sul, onde Argentina e Uruguai dividiriam a sede do evento. A Segunda
é a candidatura conjunta entre Filipinas, Japão e Indonésia. A Turquia também
havia lançado candidatura, mas acabou abandonando a ideia por considerar que
deveria se concentrar no desenvolvimento do basquete no país.
Foto: Getty Images
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