Um resgate histórico em forma de livro que revelou como a memória do
Clube Bahiano de Tênis se confunde com a da capital baiana. Um trabalho
de comunicação que transformou associados do Mampituba, em Criciúma
(SC), em personagens de álbum de figurinhas. Uma ação que fez do
tradicional evento de debutantes do Curitibano (PR) um trabalho social
com idosos e crianças em situação de risco. O sucesso dos investimentos
na vela que fez do Yacht Clube de Salvador referência mundial.
O Centro
Cultural do Minas Tênis, em Belo Horizonte, que transcendeu os muros da
agremiação e se consolidou como patrimônio da cidade. A celebração dos
150 anos da Sogipa, criado nos tempos da monarquia de Dom Pedro II, num
época de Porto Alegre com 30 mil habitantes. Hoje, só o clube tem 30 mil
associados. E o reconhecimento ao trabalho de Eduardo Bandeira de
Mello, presidente do Flamengo e "do ano", por triplicar o faturamento do
clube e transformar o time na marca mais valiosa do futebol brasileiro.
A lista retrata os homenageados na noite desta sexta-feira (3.11) na
abertura oficial do Congresso Brasileiro de Clubes, realizado no hotel
Windsor Oceânico, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O evento segue
com agenda oficial até este sábado e é considerado o maior e mais
importante do segmento clubístico do país. Entre palestras,
mesas-redondas e oficinas, reúne presidentes e dirigentes dos clubes,
grande nomes do esporte, autoridades e personalidades de destaque.
"É inegável o quanto a parceria com a Fenaclubes e o Comitê
Brasileiro de Clubes nos proporcionou uma virada nos esportes olímpicos.
Tivemos 18 representantes nos Jogos Rio 2016. No campo esportivo e
político, também avançamos bastante. O faturamento saltou de R$ 200
milhões para R$ 600 milhões. A Lei do Profut foi um grande avanço",
afirmou Bandeira de Mello, no palco.
Também homenageado na cerimônia, o ministro do Esporte,
Leonardo Picciani, enfatizou o papel estratégico dos clubes,
principalmente num cenário econômico adverso. "Eu só posso
agradecer pela parceria, principalmente num ano dificílimo, de
restrições orçamentárias e de investimentos públicos no período
pós-olímpico. Os clubes, grande matriz de formação dos atletas
brasileiros, souberam compreender, inovar e ter sucesso. Isso nos deixa o
sentimento de confiança, de que o esporte brasileiro é possível pela
ação de cada um desses homens e mulheres responsáveis pela formação dos
campeões e das campeãs nos clubes", afirmou Picciani.
Gian Marco Biglia, presidente do Clube Bahiano de Tênis, ressaltou que o
trabalho de revitalizar o clube, que mereceu o reconhecimento público,
tinha de partir do orgulho. "Mas sem história, não há orgulho. Foi por
isso que fomos atrás desse resgate em livro. Foram mais de 500
documentos consultados e entrevistas com historiadores e associados. Na
essência, descobrimos que a história do clube é a história de
comerciantes, políticos e artistas de uma cidade em erupção. Muitas das
ideias que fizeram de Salvador o que é surgiram ali, no clube",
afirmou.
Foto: Divulgação
0 Comentários