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COI afasta Frank Fredericks por suspeita de suborno na eleição do Rio de Janeiro para sede olímpica de 2016

O Comitê Olímpico Internacional suspendeu o namibiano Frank Fredericks como membro da entidade nesta terça-feira, 7 de novembro, após ele ter sido formalmente acusado em uma investigação na França por suspeita de suborno na votação que elegeu o Rio de Janeiro como sede olímpica de 2016.

A liderança do COI interveio oito meses depois que o ex-atleta da Namíbia, quatro vezes vencedor olímpico, abriu mão de seus deveres quando as denúncias foram reportadas na mídia francesa. "Considerando a gravidade e a urgência da situação e seu impacto na reputação do COI, o COI (conselho executivo) decide suspender o Sr. Frank Fredericks de todos os direitos, prerrogativas e funções decorrentes da sua qualidade como membro do COI", anunciou a entidade em um comunicado.

Fredericks era um membro do conselho do COI quando teria aceitado o pagamento de 300.000 dólares oito anos atrás no dia em que o Rio de Janeiro foi escolhido como sede de 2016. O dinheiro supostamente veio de um empresário brasileira e foi pago a Fredericks através do filho de Lamine Diack, então um membro sênior do COI e presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF). Tanto o pai quanto o filho Diack ​​estão sendo investigados por procuradores franceses em um caso de corrupção mais abrangente.

Na sexta-feira, promotores em Paris anunciaram as acusações preliminares contra Fredericks de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O dirigente negou as acusações desde que o jornal francês Le Monde informou a suposta propina em março, alegando que o dinheiro era para trabalho de uma consultoria em atletismo.

A comissão de ética do COI começou a investigar Fredericks, uma estrela em ascensão nos círculos olímpicos, e examinou os últimos detalhes na segunda-feira. "Sr. Fredericks mencionou que não desejava fazer nenhuma observação nem fornecer uma declaração sobre os procedimentos franceses", disse a comissão de ética do COI na sua decisão consultiva publicada.

O painel de ética, presidido pelo ex-secretário das Nações Unidas, Ban Ki-moon, disse que não tomou posição sobre "o valor dos fatos" no caso. Antes do caso vir à tona, Fredericks tinha um importante papel de prestígio liderando um painel do COI que supervisionava as candidaturas de Paris e Los Angeles para sediar as Olimpíadas de 2024. Ele foi logo afastado quando as acusações apareceram.

Ele também foi suspenso provisoriamente pela IAAF, onde era membro do seu comitê governante, além de integrar uma força-tarefa que supervisionava a tentativa da Rússia de suspender a proibição internacional no esporte por causa do escândalo de doping envolvendo a Rússia. Em julho, um painel de integridade da IAAF observou que "Fredericks não tem, nas respostas e explicações que ele forneceu até o momento, perturbado o caso prima facie (a primeira vista) dos assuntos que justificam a investigação".


A investigação francesa, em cooperação com as autoridades brasileiras, também chegou até Carlos Nuzman, ex-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e que liderou a equipe organizadora das Olimpíadas do Rio. Nuzman foi preso no Brasil no mês passado e depois suspenso pelo COI como membro honorário da entidade.

Foto: Getty Images


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