O ex-presidente do comitê organizador de Pyeongchang 2018, Cho
Yang-ho, recebeu um mandato de prisão da polícia da Coreia do Sul em caso de
violação de confiança. Cho, que é chefe executivo da Korean Air Lines Co. e
presidente de um conglomerado sul-coreano, o Grupo Hanjin, está sob
investigação por uma suspeita de desvio de dinheiro da empresa. Ele é acusado
de ter direcionado cerca de 2,65 milhões de dólares das contas da empresa para
pagar pela reforma de sua casa no centro de Seul, entre maio de 2013 e agosto
de 2014. Questionado sobre as acusações no mês passado, o sul-coreano negou.
A polícia fez uma incursão na sede da Korean Air Lines em
julho buscando evidências sobre os desvios e confiscou vários documentos. Lee
Myung-hee, esposa de Cho, também foi questionado sobre as acusações no mês
passado. A polícia também pediu um mandado de prisão para um executivo do grupo
responsável pela construção, para que ele possa ser interrogado em relação ao
crime suspeito.
Cho foi quem liderou a candidatura bem-sucedida da
Pyeongchang para receber a sede de 2018 dos Jogos Paralímpicos. Era a terceira
candidatura consecutiva da Pyeongchang para o evento, tendo sido derrotada por
Vancouver 2010 e Sochi 2014. Em julho de 2011 finalmente a cidade sul-coreana
conseguiu o seu sonho olímpico.
Logo em seguida Cho acabou sendo substituído. Em julho de
2014 ele foi reconduzido à presidência de Pyeongchang 2018 pelo governo
sul-coreano. Entretanto quase dois anos depois, renunciou ao cargo. Era maio de
2016. Mais tarde ele revelou que teria sido forçado a sair após a pressão de um
conselheiro do então presidente sul-coreano, Park Geun-hye.
Cho afirmou ter renunciado porque se recusou a assinar um
contrato de construção com a empresa Blue K, uma empresa fundada pela Choi. Foi
uma das várias alegações feitas contra Choi. Park foi removido do cargo no
início deste após o escândalo e atualmente está preso no Centro de Detenção de
Seul.
Em dezembro de 2014, a filha de Cho, Cho Hyun-ah, chefe da
divisão hoteleira da empresa, foi presa depois que ordenou que um avião da
Korean Air Lines voltasse ao portão da cidade de Nova York para pressionar um
comissário de bordo do avião, que ela afirmou ter servido um pacote de nozes de
macadâmia de forma incorreta para ela. Ela foi obrigada a se demitir após o
ocorrido e foi condenada a um ano de prisão, sem direito a liberdade
condicional, em fevereiro de 2015.
"Estamos surpresos com os recentes desenvolvimentos e
esperamos que os promotores tomem a decisão certa", afirmou o Grupo Hanjin
em uma declaração oficial logo após ter saído a notícia de que Cho estava sob
investigação. A Korean Air Lines se recusou a comentar o assunto.
Foto: POCOG
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