No andar superior, atletas da natação e do nado sincronizado ocupam as
duas modernas piscinas. No térreo, equipes de taewkondo da base ao alto
rendimento treinam em pisos especiais para a modalidade. Na pista de
atletismo com chancela máxima da Federação Internacional de Atletismo,
crianças e adolescentes correm, arremessam e saltam no mesmo palco
adotado pela equipe olímpica da Grã-Bretanha na reta final de preparação
para os Jogos Olímpicos de 2016.
É nesse cenário que funciona o Centro de Treinamento Esportivo (CTE)
da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). As instalações receberam a visita do secretário nacional de alto
rendimento do Ministério do Esporte, Rogério Sampaio.
Um termo de cooperação de R$ 9,8 milhões entre o Ministério do
Esporte e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foi assinado em
2013 para aquisição de material esportivo e pagamento de recursos
humanos para três modalidades (atletismo, taekwondo e caratê). A
intenção da visita foi avaliar o uso dos equipamentos e pensar em
potenciais projetos futuros.
Medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos de 1992, em Barcelona, Rogério
conheceu a estrutura para sete modalidades, que inclui salas de
musculação e ginástica, ambiente para treinamento de força e
fisioterapia, e que conta com atuação constante de profissionais de
educação física, nutrição, psicologia e de ciências do esporte para
transformar o trabalho com atletas em conhecimento científico.
"O que a gente vê é um trabalho muito bem feito, uma instalação
moderna e, tão importante quanto isso, é a pesquisa aqui desenvolvida.
Hoje não tem como pensar no esporte de alto rendimento sem a ciência
atrelada ao treinamento”, comentou Sampaio. Ele fez, inclusive, uma
comparação com os tempos em que era atleta.
"Na minha época, era normal a gente fazer muitos treinos usando 100%
da energia e intensidade o tempo todo. Hoje, há uma gradação mais
sensata, que ajuda a dar longevidade ao organismo dos atletas e traz
melhores resultados nas competições", disse.
Medalhista olímpica e atleta do judô, Ketleyn Quadros explicou o diferencial das instalações mineiras. "Aqui a gente consegue de tudo
um pouco: consigo fazer um treino específico para o judô na musculação.
Se precisar correr, a gente tem pista de atletismo. É um centro de
treinamento de excelência, que favorece não só os atletas que estão
começando, como os mais experientes", afirmou.
Foto: UFMG
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