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Surto Retrô do Rio 2016 - Personagens marcantes dos Jogos Paralímpicos

Em 7 de setembro de 2016, começavam os Jogos Paralímpicos Rio 2016. Apesar da ameaça de não ser realizado por falta de verbas, o evento aconteceu e foi um sucesso de público e do paratletas brasileiros, apesar de terminarem na oitava colocação no quadro de medalhas, conseguiram 72 medalhas, um recorde. Vamos relembrar alguns grandes momentos e personagens dos jogos:


Márcia Malsar

A Ex-atleta, medalhista paralímpica em 1984, foi o grande destaque da abertura. Márcia, que tem paralisia cerebral, foi uma das últimas pessoas a carregar a tocha. com a chuva que persistia cair e andando de bengala, Márcia acabou perdendo o equilíbrio e caiu, causando apreensão do público presente. Mas mesmo com todas as suas limitações físicas, ela se levantou e continuou o percurso sendo aplaudida de pé por todo o estádio, emocionando a todos.

Petrucio Ferreira

O jovem corredor se apresentou ao mundo na Rio 2016. Ele foi ouro nos 100m na categoria T47, quebrando um recorde mundial que durava 24 anos. Nos 400m, ele conseguiu uma arrancada espetacular nos últimos 100 metros que quase lhe deu o ouro. O mundo ficou abismado com o talento de Petrucio, que se tornou o segundo paralímpico mais rápido dentre todas as categorias.

foto: AP
Alex Zanardi

o ex-piloto italiano que perdeu as pernas em um trágico acidente quando corrida na Fórmula Indy e que tem uma legião de fãs, foi arrasador no Rio de janeiro nas provas de ciclismo estrada. Ele faturou dois ouros e uma prata, medalha que ele ganhou justamente no aniversário dos 15 anos de seu acidente. Seu carisma lhe deu ainda mais fãs no rio e por todo mundo

Susana Schnardorf

A nadadora parlaímpica que tem uma doença degenerativa que vai limitando os movimentos de sua coordenação motora, conseguiu sua primeira medalha paralímpica, no revezamento 4x50m livres misto. Campeã brasileira de triatlo se emocionou muito em receber sua medalha, pois não se ela terá condições de disputar os Jogos de Tóquio. Tudo vai depender de o quanto sua doença avançará até lá.

Foto: Reuters
Ibrahim Hamadtou

O mesatenista egípcio deu uma lição de vida a todos. Sem os braços, amputados após ter sido atropelado por um trem, ele competiu no tênis  de mesa paralímpico usando o pé para levantar a bolinha e a boca para empunhar a raquete. Ele não ganhou medalha, mas sua mensagem marcou: "Eu acredito que nada é impossível se você trabalhar duro".

Equipe brasileira da Bocha BC3

Um dos momentos mais emocionantes da Rio 2016, foi proporcionado pela equipe de Bocha BC3 brasileira, formada por Evani Calado, Evelyn Oliveira e Antônio Leme. Tó, como é conhecido e o calheiro e seu irmão Fábio, emocionaram o mundo com a comemoração efusiva dos dois após a conquista do ouro, jogados no chão e chorando muito. Marcou a todos que assistiram a cena.

Ilhar Boki

Se tem um nome que ameaça a hegemonia de Daniel Dias na natação, esse nome é Ilhar Boki. o bielorrusso saiu do Rio com seis medalhas de ouro e uma de bronze, e com 22 anos, tem boas chances se tornar um dos maiores nadadores paralímpicos da história

foto: ministério dos Esportes

Silvânia Costa

Ouro no salto em distância categoria T11, com direito a recorde mundial, e prata na 4x100m T11-T13 na Rio 2016, Silvânia carregou um segredo só revelado quando ela foi eleita a melhor atleta paralímpica de 2016. ela disputou a competição paralímpica, grávida! Ela em breve estará de volta, para quem sabe brilhar em Tóquio 2020, agora com o filho assistindo e não participando da competição

Siamand Rahman

Esse iraniano é o atleta paralímpico mais forte do mundo. Suas marcas no levantamento de peso dão inveja a qualquer atleta do levantamento de peso olímpico. Ele levantou 310Kg no supino reto, novo recorde mundial,  levando o público presente à loucura com tamanhã demonstração de força. Rahman treina duro para se tornar o primeiro atleta paralímpico a levantar 400 Kg. Pelo o que mostrou na Rio 2016, ninguém duvida da sua capacidade.

Antônio Tenório

Lenda do judô para cegos, Tenório divide com Clodoaldo Silva a alcunha de ser um dos ídolos do esporte paralímpico brasileiro. Na sua sexta paralimpíadas, conquistou sua sexta medalha - quatro ouros, um bronze e uma prata, conquistada na Rio 2016 - aos 45 anos. Se ele vai parar? Não sabemos, Tóquio está aí, ele pode fazer história novamente.

Jason Smyth

Se Petrucio é o segundo paralímpico mais rápido da história é por causa desse cara. O velocista irlandês domina a categoria T13 e levou o tricampeonato dos 100m rasos. Com o tempo de 10s46, nenhum atleta paralímpico correu mais rápido. Ainda...

Daniel Dias

Daniel fez história na rio 2016, sendo o nadador com mais medalhas paralímpicas da história. Foram nove medalhas na Rio 2016,  e ele tem 24 medalhas até o momento. O Phelps paralímpico ( ou seria Phelps o Daniel Dias olímpico?) é o principal atleta paralímpico brasileiro e tem tudo para continuar seu reinado nas piscinas até Tóquio 2020

Foto: Getty Images
Morteza Mehrzad

Outro iraniano de destaque é Mehrzad, que é o segundo homem mais alto do mundo, com 2,47m. ele foi o craque da seleção iraniana de vôlei sentado - já que ele tem problemas nas pernas, a esquerda é 15 centímetros maior do que a direita - que levou o ouro no Rio. E pensar que ele sofria de depressão por causa da altura, até conhecer o vôlei sentado e virar herói de seu país.

Clodoaldo Silva

O tubarão, o primeiro grande ídolo do esporte paralímpico brasileiro, Clodoaldo Silva encerrou sua carreira no Rio em grande estilo, com direito a volta olímpica e ovação geral do público presente e de Daniel Dias, maior nadador paralímpico brasileiro. Sem contar que ele ainda foi o responsável por acender a tocha paralímpica. ele se despediu das piscinas com 14 medalhas paralímpicas

Foto:Thomas SIlva/ Agência Brasil

Seleção brasileira de Futebol de 5

O time dos Sonhos do Brasil queria manter a hegemonia. E os craques Ricardinho e Jefinho jogaram muito e o Brasil se tornou tetracampeão olímpico da modalidade, ao bater o Irã por 1 a 0 na final. Desde a entrada do futebol de 5 no programa paralímpico,o Brasil nunca foi derrotado

Bahman Golbarnezhad

o paraciclista iraniano virou personagem por um motivo triste. um acidente no penúltimo dia dos jogos, na prova de ciclismo estrada da categoria C4-C5, entristeceu um pouco do alegre clima vivido na cidade. Ele perdeu o controle da bicicleta em uma descida e se chocou contra uma pedra. Ele teve traumatismo craniano e morreu a caminho do hospital. uma homenagem a ele foi feita na cerimônia de encerramento dos jogos.

Verônica Hipólito

Verônica é um exemplo de superação. Com uma prata e um bronze, Verônica foi sensação no Rio, mesmo correndo com um tumor no cérebro que ela teve retirar no fim do ano. Sem contar o AVC que teve e 90% do intestino grosso que ela teve que retirar por causa de uma síndrome rara, chamada Polipose Adenomatosa Familiar. Uma super guerreira de apenas 21 anos que ainda tem muito a dar para o esporte paralímpico brasileiro.

Marieke Vervoort

A belga, que foi prata e bronze no Rio, virou notícia após a informação de que ela tem autorização para fazer eutanásia se as dores da doença degenerativa incurável que sofre ficarem insuportáveis. Vervoort encerrou a carreira nos Jogos paralímpicos, e abriu o debate mais uma vez o delicado tema da eutanásia em todo o mundo.

Shirlene Coelho

A porta bandeira do Brasil na cerimônia de abertura, manteve sua hegemonia na Rio 2016, sendo bicampeã olímpica no lançamento de dardo e prata no arremesso de disco da categoria T37. Pouco tempo tempo, ela se aposentou e vai deixar saudade no atletismo paralímpico, como uma das maiores atletas de campo da história.

Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB
Matt Stutzman

Assim como o mesatenista Hamatdou, Stuzman foi outro exemplo de superação. ele nasceu sem os braços e seguiu o seu sonho de ser arqueiro e veio ao Rio como um dos melhores do mundo. Usando os pés, não conseguiu ir ao pódio, mas ganhou a simpatia de toda a torcida presente nas competições.

Lauro Chaman

O paracilciclista brilhou no Rio, com uma prata e um bronze no ciclismo pista, resultados inéditos do Brasil no paraciclismo. E ele continua em constante evolução, já que foi campeão mundial recentemente.

Abdellatif Baka

O argelino da classe T12-13 (deficientes visuais) fez um tempo quase dois segundos melhor do que o tempo do ouro dos 1500m dos jogos olímpicos. Aliás, o pódio dessa prova foi melhor do que o tempo de Mathew Centrowicz, que mostrou o nível altíssimo da categoria na prova de média distância.


Foto: Heusi Action/ Miriam Jeske/ ME
Israel Stroh

Israel deu show no tênis de mesa e conquistou a primeira medalha individual do Brasil no tênis de mesa paralímpico. ele foi prata na classe 7 e levantou a torcida, que apoiou Israel do início ao fim.

Darko Duric

O nadador esloveno merece destaque. Não apenas pelos seus feitos na piscina, mas por quase ter entrado com fone de ouvido na piscina na final dos 50m borboleta.  "Estava muito concentrado na prova, desliguei o fone antes, mas esqueci totalmente". O que ele estava ouvindo? Sepultura, uma das bandas de metal brasileiro de mais sucesso no exterior.


foto de capa: Beth Santos/PCRJ

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