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Russa campeã mundial de atletismo afirma que o país pouco fez no combate ao doping

Única russa campeã na última edição do Campeonato Mundial de atletismo, disputado mês passado em Londres, Maria Lasitskene disse que o seu país pouco fez em relação às reformas exigidas pela IAAF e pela Agência Mundial Antidopagem (WADA), em seu programa antidopagem. As reformas são exigências das entidades para que o atletismo russo possa ser liberado a competir em eventos internacionais organizados pela IAAF após o escândalo do doping russo sistematizado e apoiado pelo governo vir à tona.

Maria Lasitskene foi uma entre os 19 atletas russos liberados pela a IAAF para disputarem o Campeonato Mundial de Atletismo de forma neutra, sem a bandeira russa. Esses atletas foram liberados para competir ao se submeterem a IAAF, e após análises de seus históricos de testes antidoping, foram autorizados a competir.

Campeão do salto em altura, Lasitskene acusou as autoridades russas de não fazerem o suficiente para acabar com as sanções impostas ao país, que culminaram na exclusão do atletismo russo das Olimpíadas do Rio de Janeiro e do Campeonato Mundial de Londres. "Infelizmente não houve qualquer progresso visível em dois anos da Federação Russa de Atletismo", disse a atleta em entrevista para agências de notícias russas.

A Rússia foi excluída do atletismo internacional em novembro de 2015, quando uma investigação da WADA revelou o uso generalizado de drogas, tudo encoberto de forma oficial por órgãos do governo. Para ser autorizada a voltar às competições internacionais, a IAAF exige que a Rússia reformule seus procedimentos antidopagens e admita a responsabilidade pelos casos de doping sistematizados.

Os 19 atletas russos liberados a competir no mundial conquistaram 5 medalhas de prata e uma medalha de ouro. Em nenhum dos casos a bandeira russa foi hasteada no pódio. Quando Lasitskene ganhou a medalha de ouro o hino tocado foi o da IAAF e não o russo. A campeã mundial disse que as autoridades da federação de atletismo do país não devem reivindicar o crédito de sua medalha para eles. "Eu não quero que eles usem nossos resultados como capa e digam que é um passo à frente", afirmou.

Segundo o presidente da Federação de Atletismo da Rússia, Dmitry Shlyakhtin, eleito em janeiro deste ano, Lasitskene não tem o direito de criticar os funcionários e nem o trabalho da federação, que cabe exclusivamente aos órgãos competentes.  "Julgar o trabalho da federação é a prerrogativa da força-tarefa da IAAF e do Ministério dos Esportes da Rússia. Os atletas devem fazer seu trabalho, seja saltando ou correndo nas pistas", afirmou.

Foto: Action Images


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