O francês David Lappartient foi eleito na quinta-feira, 21
de setembro, o novo presidente da União Internacional de Ciclismo (UCI). Ele derrotou
de forma esmagadora o atual presidente da entidade, Brian Cookson, que não
conseguiu restaurar a credibilidade do esporte no único mandato que teve.
Lappartient, que também é o presidente da União Europeia de
Ciclismo (UEC), tornou-se o primeiro francês a assumir o comando do órgão que
gere o ciclismo internacional desde Achille Joinard, entre 1947 e 1957. Presidente
da federação francesa de 2009-2017, Lappartient foi eleito com 37 dos 45 votos
dos delegados da UCI no congresso da entidade, que vem sendo realizado durante
o Campeonatos Mundial de Ciclismo de Pista, em Bergen, Noruega.
A campanha dos dois candidatos durou até momentos antes da
votação. Em seu discurso final, o até então presidente Cookson, prometeu
duplicar o investimento da UCI no ciclismo feminino. Já Lappartient, de 44
anos, prometeu se livrar da "corrupção" que deixou a UCI com uma
"reputação desastrosa". "É uma grande responsabilidade e vou me
esforçar nos próximos quatro anos para ser digno de tal confiança", disse
Lappartient após ter sido eleito.
Com a derrota, o britânico Cookson se tornou o primeiro presidente
da UCI a comandar por apenas um termo. Ele assumiu a UCI substituindo o
irlandês Pat McQuaid, em 2013, depois de prometer restaurar a credibilidade do
ciclismo, mas o seu mandato foi marcado por vários novos escândalos. Cookson
ficou em cheque depois que uma investigação antidopagem no Reino Unido alcançou
o forte time Sky e o antigo vencedor do Tour de France, Bradley Wiggins, que
foram acusados de doping no ano de 2011. Wiggins e o time Sky negaram as
violações de doping. Cookson estava na mesa de operações do time Sky Sky na época.
Durante sua campanha atual, Cookson também prometeu lutar
contra a fraude tecnológica com os stewards que verificam bicicletas utilizando
iPads adaptados com ímãs para detectar motores escondidos. Um relatório
conjunto no início deste mês, no entanto, sugeriu que o método, também
criticado por vários pilotos e gerentes de equipe, era ineficaz. "A UCI
que deixo para trás é irreconhecível tendo em vista a organização que assumi em
2013 e parto com a cabeça erguida. Alguém precisava se levantar e assumir o
regime anterior, que tinha arrastado o ciclismo para dentro da calha e eu deixo
a UCI sabendo que entreguei todas as promessas que fiz há quatro anos”, afirmou
Coockson.
Lappartient prometeu tomar "uma posição mais forte na
luta contra a fraude tecnológica" e também na luta contra apostas ilegais
em um esporte que vem se desenvolvendo rapidamente em todo o mundo,
especialmente na Ásia.
Foto: Reprodução/Twitter UCI
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