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Tóquio 2020 quer contar com jogadores da MLB no retorno do beisebol aos Jogos Olímpicos

Garantir que os jogadores que disputam a Liga Maior de Baseball (MLB) nos Estados Unidos estejam nos Jogos Olímpicos é prioridade entre os organizadores de Tóquio 2020. A necessidade de contar com as estrelas do esporte no momento é maior do que a decisão de qual seria o formato a ser disputado na volta do baseball ao programa dos Jogos Olímpicos após uma ausência de 12 anos.

A discussão entre o formato de disputa gira entre uma competição dividida por grupos ou no formato round-robin (todos contra todos). Para o presidente das Confederação Mundial de Baseball e Softball (WBSC), Riccardo Fraccari, o ideal seria assegurar o formato de round-robin, pois isso garantiria mais jogos para todas as equipes participantes. Isso ainda ajudaria na liberação dos atletas que jogam na MLB, pois a liga ficaria mais propensa a liberar seus jogadores para um torneio com mais equipes do que para uma competição que poderia ter apenas um ou dois jogos. Já para a organização de Tóquio 2020, a melhor escolha ainda é a divisão das seleções em dois grupos, com três equipes em cada. O diretor de esportes de Tóquio 2020, Koji Murofushi, defende a divisão em dois grupos principalmente para manter as disputas em apenas um estádio primário, em Yokohama, tanto para o Baseball quanto para o Softball.

Koji Murofushi, que foi campeão olímpico do arremesso de martelo em Atenas 2004, explicou que o formato em que todas as equipes se emfrentam impossibilitaria esse desejo da organização de manter tudo em um local.  “Nós não poderíamos conduzir, em um único local, jogos suficientes. Eu sei que é um desafio, mas queremos os melhores Jogos do mundo em Tóquio 2020. Para ser em apenas um local, pensamos que este formato (dividido em dois grupos) é a melhor solução. Temos softball também, então, para ter ambos no estádio, pensamos que esta é a melhor opção” assegurou o diretor.

O cronograma detalhado das competições, que está sendo desenvolvido conjuntamente entre o comitê Tóquio 2020 e o Comitê Olímpico Internacional (COI), deverá ser finalizado em até nove meses. Já se sabe que os organizadores querem que ao menos um jogo de softball e um de baseball sejam disputados em Fukushima, a mais de 200 quilômetros de Tóquio. Os jogos disputados na cidade ao norte de Tóquio seriam simbólicos para a região, que sofreu com a devastação de um tsunami em 2011 que deixou um rastro de destruição e mais de 16 mil mortos. A WBSC espera que esse seja o primeiro jogo de cada competição, para que assim sejam minimizados problemas logísticos, como deslocamentos. O órgão mundial que gere os dois esportes pediu um segundo estádio em Tóquio para as competições, mas foi negado pelos organizadores.
   
Deixando a discussão da forma de disputa de lado, Murofushi disse que o principal no momento é realmente garantir a participação dos principais jogadores da MBL em Tóquio 2020. "Nós realmente queremos que os melhores atletas venham a Tóquio em 2020. Queremos os atletas de alto nível, e isso é o mais importante da nossa perspectiva. Esperamos que a WBSC possa concordar com a Major League. Isso é o que esperamos, do lado de Tóquio todos estão esperando isso. Queremos os melhores atletas, essa é a prioridade número um", garantiu o ex-atleta.


Atualmente os Jogos Olímpico de Inverno de PyeongChang 2018 contarão com uma grande ausência, também motivada por divergências com uma liga local americana. O hóquei no gelo não contará com seus principais jogadores na disputa olímpica, já que COI e a NHL, a liga americana, não entraram em acordo. A NHL proibiu que qualquer jogador com contrato com a liga possa participar das Olimpíadas no ano que vem. No mês passado o presidente da WBSC disse que os casos são diferentes e não teria porque a MLB vetar os seus jogadores. Fraccari explicou que não haveria necessidade da MLB suspender o seu campeonato durante as Olimpíadas, porque a competição contaria com apenas seis seleções, e a liga americana de baseball, ao contrário da de hóquei, não é a única liga grande na modalidade e nem todos os principais jogadores estão concentrados nela. “Eu acho que nosso caso é completamente diferente. Temos muitas outras organizações profissionais, no Japão, na Coréia, em Taiwan. Precisamos resolver outros assuntos primeiro, como o comprimento, o formato e a quantidade de jogos que haverá, mas já temos o compromisso da MLB em princípio”, afirmou Fraccari.

Foto: USA Today Sports Images


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