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AIBA nega falência e afirma ter acordo para pagamento de dívida milionária

A Associação Internacional de Boxe (AIBA) anunciou que foi feito um acordo para que uma dívida com a empresa Bankons MSC, do Azerbaijão, no valor de 10 milhões de dólares seja quitada. A Associação negou ainda os relatórios que davam conta de sua falência, e colocou a culpa de sua atual situação financeira em seu ex-diretor executivo, Ho Kim.

Hamid Hamidov, diretor da empresa do Azerbaijão, teria dito recentemente que não havia um cronograma para o pagamento da dívida feita em 2011 e que deveria ter sido paga em 2013. Hamidov afirmou ainda que o presidente da AIBA, C K Wu, teria garantido pessoalmente o empréstimo e advertiu a entidade que se o pagamento integral não fosse feito de forma imediata, os advogados do banco com sede em Baku tomariam ações judiciais contra a AIBA nos  tribunais suíços.

Em novembro passado a AIBA anunciou a intenção de processar o seu ex-diretor executivo por suposto envolvimento no desaparecimento de dinheiro das contas da entidade. Segundo a AIBA, ainda seria Ho Kim o responsável direto pelos contratos com o banco do Azerbaijão. Ele teria entrado em contato com o investidor da empresa de forma discreta e pessoal durante as negociações e a transação do dinheiro.

Ainda de acordo com a AIBA, Ho Kim também atuou de forma autônoma no estabelecimento da WSB (Works Series of Boxing), sendo o único membro da America Operations Ltd que gerenciou a WSB nos Estados Unidos e México, resultando em grandes dívidas para a AIBA. “Nos seus 9 anos como diretor executivo, o senhor Ho Kim teve o controle operacional total da AIBA e de sua posterior gestão errada, e agora a AIBA se considera responsável e procura corrigir” afirmou Nicolas Jomard, porta voz da entidade. Segundo Jomard, a empresa em questão nunca solicitou nenhum pagamento da AIBA e nem pediu a garantia firmada em contrato até o dia 19 de julho, quando tudo veio a tona através de uma carta do Benkons. O porta-voz da AIBA se comprometeu a pagar a dívida.

Jomard disse ainda que a associação de boxe ficou surpresa com o vazamento para a imprensa por parte do Benkons, e que por isso, entrou com um processo contra o banco na Suíça buscando obter a declaração de que o acordo firmado entre as partes para o pagamento da dívida é válido e vinculativo. “Os advogados do Benkons recusaram este acordo de liquidação e aprovaram expressamente seu conteúdo em todas as características essenciais” concluiu.

Em outra mão, Wu Di, presidente da First Compitment International Trade Company (FTIC), investiu 20 milhões de dólares na Boxing Marketing Arm (BMA), criada para promover e vender todos os produtos da AIBA, mas no dia 31 de maio arquivou a papelada e pediu a devolução de todo o seu dinheiro investido na BMA.  Isso porque a AIBA fechou um outro contrato de marketing esportivo com a Alisports, braço esportivo da gigante do comércio eletrônico  Alibaba, que passaria a deter os direitos de comercialização antes detidos pela BMA. Ele alega que o presidente C K Wu prometeu o reembolso do dinheiro investido ao longo dos anos, mas que até agora não há planos de negócios executáveis, nenhum sinal de investigação interna sobre a enorme perda financeira e nenhuma melhoria real na operação da BMA.

Suspeitas de mal uso e até mesmo de desvio de dinheiro  pela AIBA vem sendo ventiladas há algum tempo. Membros da entidade passaram a exigir uma maior transparência na contas da AIBA, o que fez o presidente Wu afirmar que a entidade se alinha ao modelos de boa governança. O presidente disse ter encomendado uma revisão para melhorar a governança financeira da AIBA, além de prometer um relatório financeiro completo da entidade aos membros do Comitê Executivo a ser entregue entre os dias 25 e 26 deste mês.

Foto: AIBA



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