O atleta Mutaz Barshim, maior atleta do Qatar da atualidade, dono de duas medalhas olímpicas (bronze em Londres 2012 e prata no Rio 2016 no salto em altura), está se preparando para a temporada 2017, onde o foco é o Campeonato Mundial de Atletismo, em Londres, onde almeja não só o título como também bater o recorde mundial.
Barshim iniciará sua temporada de 2017 em Doha, no dia 5 de maio, diante da torcida, já que a Diamond League deste ano volta mais uma vez à capital do Qatar. Depois de um treinamento focado, onde Mutaz optou por não competir em competições indoor, ele está se sentindo muito bem para o início de sua temporada: "Tem sido um tempo desde que eu saltei pela última vez. Estou realmente ansioso para minha primeira competição, para obter esse sentimento novamente, sair lá no estádio, sentir a atmosfera de público e fazer o meu melhor", afirmou Barshim.
A etapa de Doha da Diamond League também proporcionará uma oportunidade para Barshim para avaliar sua forma e, posteriormente, adaptar o seu programa de treinamento existente antes de seu foco principal para a temporada, o Campeonato Mundial em Londres em agosto: "Com base em meu desempenho em Doha vou saber o que fazer para os próximos dois meses, o que ajustar e como me sinto. Eu quero ir lá e melhorar enquanto competindo. Para mim, o foco principal em 2017 é o Campeonato Mundial. Sempre que há um campeonato grande, grande, a única coisa que eu estou procurando é o ouro, e é isso que estamos perseguindo este ano".
Com cinco eventos da Diamond League e os Campeonatos Asiáticos ocorrendo antes disso, é de vital importância que Barshim planeje sua temporada com cuidado, a fim de atingir o auge no momento certo e estar na melhor forma possível. Se ele chegar ao auge, então o ouro do Campeonato Mundial não é o único prêmio que poderia estar ao seu alcance este ano. Depois de ter superado o segundo maior salto na história de 2,43m em 2014, a apenas dois centímetros do recorde mundial de Javier Sotomayor, em 1993, e voltando a fechar-se duas vezes desde então, Barshim acredita que esta é a época em que ele poderia marcar sua marca nos livros de história: "Eu me sinto bem. Se eu ficar livre de lesões, acho que teria uma boa chance no recorde mundial.", afirmou.
Lesão é uma preocupação que está sempre na parte de trás da mente de Barshim após uma fratura de estresse nas costas dele que quase o impediu de competir nas Olimpíadas de Londres 2012. Recuperando-se com poucos dias de folga antes da competição, Barshim estava feliz por estar simplesmente competindo em Londres, para se afastar com uma medalha de bronze olímpica foi um sonho tornado realidade para ele e para toda a nação do Qatar assistindo para casa. Desde então, Barshim aprendeu a tomar uma abordagem mais conservadora da concorrência, a fim de evitar mais lesões: "Quando eu era jovem, eu era estúpido, eu estava competindo a cada mês. Eu estava pulando de um lugar para outro. Eu tinha ido a quatro continentes em 10 dias! Mas eu não posso mais fazer isso. Eu tenho que ser esperto, eu tenho que escutar meu corpo. Deixar meu corpo levar tempo, me deixar curar, mesmo que eu sinta que eu quero saltar ou me sinto bem."
Foto: Gulf Times
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