A retirada da candidatura de Budapeste para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2024, em um processo que já havia sido prejudicado por uma série de saídas de cidades candidatas, acabou destacando a necessidade de mudanças no modelo dos Jogos, de acordo com declarações de pessoas ligadas ao meio olímpico à Reuters.
A capital húngara se retirou na quarta-feira (22) alegando falta de unidade política e nacional, deixando apenas Los Angeles e Paris na corrida, com o Comitê Olímpico Internacional (COI) decidindo a sede de 2024 em setembro em Lima, no Peru.
"O COI deve se tornar mais corajoso na defesa de seu produto e dos valores olímpicos", disse Stratos Safioleas, consultor olímpico de longa data que trabalhou em várias licitações e cidades-sede, incluindo a curta campanha de Roma para 2024.
"Tem que haver uma discussão séria para deixar claro que organizar os Jogos tem poderes transformadores para as cidades. O COI também precisa dizer aos que se candidatam que há benefícios ao fazer isso, mesmo que não sejam escolhidos".
Já Adam Pengilly, membro do COI e ex-atleta olímpico de skeleton, afirmou: "Precisamos dar uma olhada no que precisamos melhorar. A Agenda 2020 moveu as coisas para a frente e isso precisa continuar."
A Agenda 2020 foi um conjunto de 40 reformas do COI destinadas a reduzir o custo, o tamanho e a complexidade dos Jogos para atrair uma nova leva de potenciais cidades sedes, entretanto ela não surtiu muito efeito, visto que várias cidades já declinaram suas candidaturas para os Jogos de Inverno de 2022 e de Verão de 2024.
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