A festa de encerramento dos Jogos Paralímpicos aconteceu no último
domingo, mas as celebrações pelas conquistas continuam. Os atletas que
subiram ao pódio durante a Rio 2016 foram homenageados pelo Comitê
Paralímpico Brasileiro, em evento realizado na noite da
segunda-feira (19), na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Entre os presentes estavam os atletas do tênis de mesa paralímpico, que alcançaram quatro pódios. Ao todo, seis mesatenistas participaram da festa: Israel Stroh, prata
individual Classe 7, Iranildo Espíndola, Guilherme Costa e Aloisio Lima,
bronze por equipes Classes 1-2, e Danielle Rauen e Jennyfer Parinos,
bronze por equipes Classes 6-10, marcaram presença na comemoração. A
única ausência foi Bruna Alexandre, bronze no individual Classe 10 e
bronze por equipes Classes 6-10, que embarcou para São Paulo no último
domingo, onde participará dos Jogos Abertos.
Mais experiente entre os mesatenistas, Iranildo Espíndola encerrou a
quarta Paralimpíada em grande estilo, vencendo a partida que garantiu o
bronze por equipes Classes 1-2, e não escondeu a emoção de estar sendo
homenageado pelo feito. Ele fez questão de ressaltar que o evento deixou
a Rio 2016 ainda mais especial em relação aos Jogos anteriores.
"Nas outras três Paralimpíadas (Atenas/2004, Pequim/2008 e
Londres/2012), aconteceu algo assim, os medalhistas em um evento e tudo
mais. E eu nunca tinha passado por isso. Chegava ao fim da competição,
não conseguia medalha, às vezes não jogava bem, e batia uma frustração.
Queria ir logo para casa para esquecer aquilo e pensar na próxima.
Agora, foi diferente! Quando fiquei sabendo que não iríamos embora
ainda, fiquei muito feliz. O motivo é de dar orgulho, afinal, ganhamos
uma medalha. Isso é fantástico", disse.
Com apenas 18 anos e nos primeiros Jogos, Danielle Rauen admite que
ainda está procurando entender o peso que é ser uma medalhista
paralímpica.
"A ficha ainda não caiu para falar a verdade. Acho que talvez por estar
na Vila, não sei. Mas quando chegar em casa, na minha cidade, assistir a
todo aquele alvoroço, toda aquela comemoração... Estou muito feliz,
muito realizada. Não me arrependo de nada que fiz. É um sentimento de
alívio, comparado ao que estava antes de jogar. Conseguimos conquistar
uma medalha e coroamos todo um trabalho", reforçou.
Guilherme Costa revelou que, no percurso da Vila Paralímpica para o
hotel onde aconteceu o evento, um filme passou pela cabeça. Ele e
Iranildo recordaram todo o caminho que percorreram no último ciclo até a
Rio 2016.
"Sensação de dever cumprido. Entramos no grupo dos medalhistas
paralímpicos e isso é fruto de nosso trabalho. No caminho para cá,
ficamos lembrando de tudo que fizemos, de todo o sacrifício, e chegar
aqui é bom demais", concluiu.
Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro e
vice-presidente do Comitê Paralímpico Internacional, se mostrou
orgulhoso do desempenho do Brasil nos Jogos, salientando o aumento no
número de medalhas vencidas em relação aos Jogos de Londres e exaltando a
festa feita nas arquibancadas das arenas. O evento teve ainda um show
de Ronaldinho Gaúcho e do cantor Jhama, embaixadores do Comitê
Paralímpico Brasileiro e autores da música que se tornou o tema dos
Jogos.
Foto: CBTM
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