Os quatro remadores brasileiros nos Jogos Olímpicos Rio 2016 – Xavier
Vela e William Giaretton (double skiff masculino) e Fernanda Nunes e
Vanessa Cozzi (double skiff feminino) – acreditam que, apesar do pouco
tempo de treinamento de ambas as duplas, formadas no início do ano,
podem surpreender com bons resultados. As disputas do double skiff
começam no dia 7, com a fase eliminatória, e prosseguem até o dia 12, na
Lagoa Rodrigo de Freitas, Zona Sul do Rio de Janeiro.
O catarinense William, de 25 anos, compete com Xavier, de 26,
espanhol naturalizado brasileiro em 2014, justamente para pode disputar
os Jogos Olímpicos pelo país de seu pai, Ramon. A meta, segundo a dupla,
é ficar entre os 12 primeiros colocados.
"Estamos prontos para tentar fazer a melhor campanha do Brasil na
modalidade", disse William, lembrando que o 13º lugar geral de Fabiana
Beltrame e Luana Bartholo em Londres 2012 foi um marco para o país.
"Sabemos que temos fortes adversários, entre eles França, Grã-Bretanha e
Noruega. Eles são superiores, sem dúvida, mas estamos preparados para a
briga", completou, confiante, Xavier, cujo irmão, Pau, também estará
competindo, pela Espanha, em outra classe do remo.
No feminino, a paulista Vanessa, de 32 anos, explica que muitas
duplas estrangeiras estão mais entrosadas, competiram durante todo o
ciclo olímpico, e, por isso, naturalmente têm mais chances. "Elas
possuem mais bagagem, não há como negar, mas podemos surpreender. Temos
totais condições de superar nossa marca, que é de 7min08s", acredita
Vanessa, que foi nadadora até os 21 anos e começou a remar há apenas
quatro.
A seleção está hospedada no Hotel Sesc Copacabana para ficar mais
perto do local de treinamento e de competição e, segundo a carioca
Fernanda, de 31 anos, tudo tem transcorrido da melhor forma possível.
"Estamos super bem no hotel, longe de qualquer agitação. A tranquilidade
é o ideal agora. Precisamos de um deslocamento rápido para os treinos e
estamos conseguindo isso. Mas é claro que temos curiosidade para
conhecer a Vila", afirmou.
O coordenador técnico Marcello Varriale lembra que ambas as duplas
brasileiras foram campeãs do Pré-Olímpico do Chile, em março, e
ficaram em nono lugar na etapa da Copa do Mundo da Polônia, em junho.
"Aqui no Rio levamos vantagem de a Lagoa não ser um lugar conhecido
dos demais competidores. Nós estamos em casa, especialmente a Fernanda,
que é carioca. Também precisamos levar em conta a situação diferente de
vento. Os favoritos podem não ter o mesmo desempenho da Copa do Mundo,
por exemplo", explicou, acrescentando que o double skiff exige muita
sincronia e que os dois remadores precisam estar muito próximos
tecnicamente.
Foto: COB
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