Os medalhistas da ginástica artística brasileira Arthur Zanetti (26),
Diego Hypolito (30) e Arthur Nory (22) nos Jogos Olímpicos Rio 2016
destacaram o papel fundamental que os investimentos em infraestrutura,
equipamentos e incentivos financeiros tiveram na conquista de medalhas no Rio.
"O
apoio do governo influenciou diretamente [o desempenho] por meio das
bolsas", afirmou Diego, um dos veteranos da equipe e bicampeão mundial
na modalidade ginástica de solo. "Com a manutenção desse apoio, acredito
que temos possibilidade de chegar a Tóquio", disse o ginasta em
entrevista. "Este trio vai pra
Tóquio sim", prometeu.
A equipe masculina de ginástica artística do Brasil fez história nos
Jogos Rio 2016. Depois de participarem pela primeira vez da final por
equipes, os ginastas brasileiros chegaram ao inédito pódio na prova
individual do solo e em dose dupla: Diego Hypolito ganhou a prata e
Arthur Nory ficou com o bronze. Até o Rio 2016, o ouro de Arhur Zanetti
nas argolas em Londres 2012 era a única medalha do país no esporte. Com a
conquista da prata nas argolas na Arena Olímpica do Rio, Zanetti tem
duas medalhas no aparelho.
Ainda comemorando os resultados no Rio 2016, Zanetti destacou a
visibilidade que a Olimpíada dá ao esporte para incentivar novos
atletas. "É um momento histórico não só pela medalha, mas também por
trazer ídolos para a nova geração", disse o ginasta. Em São Caetano,
cidade onde Zanetti treina, a seletiva realizada no dia 18 de agosto
para novos alunos atraiu 240 crianças num único dia. "A criança vê na
televisão e se inspira, e esse é o maior legado que a Olimpíada pode
deixar."
Nory, que conquistou uma medalha de bronze na sua primeira Olimpíada,
disse que é importante ter ídolos como inspiração, citando a influência
da ex-ginasta Daiane dos Santos na sua própria escolha pela ginástica.
"Toda criança precisa de ídolos que sirvam de espelho, para seguir."
Diego, que treina desde os 7 anos de idade e conquistou a primeira
medalha na sua terceira Olimpíada, destacou o papel social do esporte.
"O esporte é uma super inclusão social, ele muda a vida da criança",
disse o medalhista.
Foto: Brasil 2016
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